domingo, julho 31, 2011

Praças de Porto Velho


Imagens da Praça MARECHAL RONDON  


Estatua de Marechal Rondon 

Pequeno lago artificial que envolve a estatua de Marechal Rondon


Praça Marechal Rondon

Praça Marechal Rondon


Praça Marechal Rondon


Praça Marechal Rondon

Ipê Rosa embelezando a praça Marechal Rondon 

Cascata na praça Marechal Rondon

Árvore com aspecto pré-histórico, que embeleza  a praça Marechal Rondon

Praça Marechal Rondon

Praça Marechal Rondon

Praça Marechal Rondon
Imagens Da Praça GETÚLIO VARGAS PVH



Desenho na Praça Getúlio Vargas onde está escrito- Território Federal do Guaporé

Palácio do Governo localizado na Praça Getúlio Vargas

Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia

Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia

Mercado Cultural localizado em frente a praça Getúlio Vargas 

Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia

Interior do chafariz desligado na praça Getúlio Vargas, repare que os ladrilhos formam
a imagem das Três-Caixas D' água  

Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia

Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia


Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia


Palácio Do Governo Porto Velho Rondônia

Palácio do Governo Porto Velho Rondônia




Praça Getúlio Vargas Porto Velho Rondônia


Fundação Universidade Federal de Rondônia


Avenida Presidente Dutra


Avenida Calama Porto Velho Rondônia

Avenida Calama Porto Velho Rondônia

Porto Velho Shopping, RO


sábado, julho 30, 2011

Peixe-boi-da-Amazônia

Trichechus inunguis (Natterer, 1883)


NOME POPULAR: Peixe-boi-da-Amazônia
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Sirenia
FAMÍLIA: Trichechidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: PA (EN)
Anexos da CITES: Anexo I
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2c

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Trichechus inunguis, maior herbívoro de água doce sul-americano, é endêmico da bacia Amazônica. Pouco se conhece sobre a sua ecologia, dada a turbidez das águas onde ocorre e por ser um animal de hábitos muito discretos, tornando-se difícil observá-lo no ambiente natural (Best, 1984; da Silva, 2004; Rosas, 1994). No estuário do rio Amazonas, é simpátrico com a espécie marinha T. manatus (Domning, 1981) e prefere águas com temperaturas acima de 23°C. Ocorre nos sistemas de rios de águas brancas, pretas e claras e permanece em áreas de várzea durante a cheia, migrando para lagos perenes e canais de rios durante a vazante. Alimenta-se de macrófitas aquáticas, raízes e vegetação de áreas alagadas. Funciona como verdadeiro adubador do ambiente aquático, reduzindo a biomassa verde flutuante em 
partículas menores e micronutrientes, favorecendo toda a cadeia trófica (Best, 1981; Junk & da Silva, 1997). O ciclo sazonal de cheias e vazantes no sistema de drenagem da Amazônia tem profundo efeito em sua biologia, regulando a sua alimentação e reprodução. O pico de nascimentos ocorre no início da cheia, período em que o alimento é mais abundante, assegurando às fêmeas o restabelecimento das condições fisiológicas da gestação e lactação (Best, 1982; 1983; Junk & da Silva, 1997). A gestação é de aproximadamente 12 meses, sugerindo uma sincronização do estro das fêmeas com a maior disponibilidade de alimento (Best, 1982; 1983; Nascimento et al., 2003). As fêmeas atingem a maturidade sexual após os seis anos de idade e, normalmente, geram um filhote a cada gestação, amamentando-o 
por no mínimo dois anos (Rodrigues, 2002; Rosas & Pimentel, 2001). O intervalo entre nascimentos é de pelo menos três anos, o que revela baixa taxa reprodutiva, dificultando ainda mais a recuperação das populações (Best, 1982; da Silva, 2004). Registros de caça existem desde 1545, quando a espécie já era utilizada como alimento pelos índios. Entre as décadas de 1940-50, o peixe-boi foi intensiva e indiscriminadamente caçado por causa de sua carne, consumida pela população local e exportada para outras regiões do Brasil, e pelo seu couro, utilizado para a confecção de correias de máquinas, polias, tabiques e cola (Best, 1984; Domning, 1982). Após mais de 200 anos de intensa exploração, apesar da grande redução populacional, análises de DNA mitocondrial revelaram que T. inunguis vem mantendo 
uma variabilidade genética relativamente alta, mostrando uma expansão populacional que pode ser um indicativo de recuperação da espécie nos últimos 30-40 anos, desde a promulgação da Lei de Proteção à Fauna de 1967 (Cantanhede et al., 2005). 

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Não se conhece a extensão original da espécie na Amazônia nem as áreas onde poderia ter sido extinta. Mesmo tendo sido explorada maciçamente desde o Brasil pré-colonial, acredita-se que a espécie ainda ocorra na maior parte da sua distribuição original, embora em números bastante reduzidos. Ocorre praticamente em todas as bacias dos principais rios da Amazônia, estando limitada por grandes corredeiras e cachoeiras.

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PARNA do Jaú, REBIO do Abufari, REBIO do Uatumã, EE de Anavilhanas, EE Juami-Japurá, Reserva Ecológica Sauim-Castanheira, Reserva Ecológica Jutaí-Solimões, RESEX Rio Jutaí, RESEX médio Juruá, RESEX baixo Juruá, FLONA Pau Rosa, FLONA Jatuarana, RESEX Catuá- Ipixuna, FLONA Humaitá, REDES Cujubim,  PE Nhamundá,  PE Rio Negro, FLONA Mapiá-Unauiní, FLONA do Purus, REDES Mamirauá, REDES Amanã, REDES Piagaçu-Purus, REDES do Lago Tupé, APA Lago Ayapuá, APA Parintins Nhamundá, APA Margem direita e esquerda do Rio Negro, REDES Cujubim (AM); FLONA Saracataquera, FLONA Caxiuanã, FLONA Altamira, FLONA Tapajós, FLONA Mulata, PE Monte Alegre, PARNA da Amazônia, REBIO do R.Trombetas, EE do Jari, APA Arquipélago do Marajó 
(PA); RESEX Cajari, REBIO do Lago Piratuba, APA do Curiaú, REBIO de Fazendinha (AP); EE de Maracá, EE Caracarai, PARNA do Viruá, EE Niquiá, RESEX Rio Preto Jacundá, EE Cuniã, FLONA de Humaitá (RR).  

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  A principal causa de sua redução populacional foi a caça indiscriminada desde o Brasil pré-colonial, tendo como apogeu a Revolução Industrial, quando seu couro passou a ser utilizado na confecção de correias e polias para maquinários. Durante os anos de 1935 e 1954, entre 80 mil e 140 mil peixes-boi foram abatidos em adição à caça de subsistência (Best, 1984; Domning, 1982). Apesar das medidas de proteção adotadas em 1967 e 1973, a caça de subsistência e o comércio ilegal ainda persistem (Best, 1982; 1984; Rosas 1994; da Silva, 2004). Filhotes são bastante vulneráveis a redes de espera, enquanto as fêmeas prenhes e com cria são mais vulneráveis e preferencialmente caçadas por estarem mais gordas. Como são herbívoros e se alimentam principalmente de macrófitas aquáticas, na superfície e à 
meia-água, são afetados diretamente por poluentes organoclorados, hidrocarbonetos e metais pesados provenientes de resíduos agrícolas, de vazamento de petróleo e seus derivados e da exploração de ouro, que são absorvidos pelas macrófitas aquáticas, como  Eichhornia sp, entre outras, importantes itens da sua dieta. É bastante sensível a ruídos e tráfego de barcos e depende das áreas de várzea para sua alimentação e reprodução durante os períodos de enchente e cheia. Essas áreas são intensamente utilizadas pelas populações ribeirinhas para agricultura, caça e pesca, afetando diretamente a espécie pelas pressões e alterações no ambiente aquático e em suas margens. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A conservação do peixe-boi depende de medidas que reduzam a degradação ambiental e preservem seus habitats naturais. Por ser uma espécie migratória, é necessário que as Unidades de Conservação englobem as regiões de várzea (onde a espécie passa o período de enchente e cheia) e os lagos perenes, poços e “boiadouros” nos canais de rios (onde o peixe-boi permanece durante a vazante e seca), além de suas rotas migratórias. Para isso, é necessário estabelecer, com maior precisão, suas áreas de uso e rotas migratórias. Como o consumo de sua carne faz parte da cultura amazônica, é preciso implantar amplo programa de conscientização e educação ambiental, com ênfase naquelas localidades onde a pressão de 
caça ainda é intensa, visando reduzir o número de abates anuais. Programas de resgate e reabilitação de filhotes órfãos e sua posterior reintrodução em áreas protegidas devem ser continuados, bem como pesquisas sobre a sua história natural e ecologia. 

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO

  O INPA desenvolve, há mais de 30 anos, pesquisas sobre o peixe-boi da Amazônia em cativeiro. Em 1998, ocorreu o primeiro registro de concepção e nascimento dessa espécie em cativeiro (da Silva  et al., 1998) e, desde então, outros cinco filhotes foram gerados e nascidos nos tanques do Parque Aquático Robin Best, no Laboratório de Mamíferos Aquáticos do INPA. Em Abril de 2005, outro nascimento ocorreu, pela primeira vez, no CPPMA, em Balbina (AM), onde são desenvolvidas atividades de resgate e reabilitação de filhotes e educação ambiental. O IDSM vem trabalhando com estudos de conservação e movimentos migratórios utilizando rádiotelemetria.


Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

Tamanduá-bandeira

Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758

NOME POPULAR: Tamanduá-bandeira; Tamanduá-cavalo;  Tamanduá-açu; Jurumim
SINONÍMIAS: Myrmecophaga artata; Myrmecophaga centralis;  Myrmecophaga jubata
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Pilosa
FAMÍLIA: Myrmecophagidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: MG (EN); PR (CR); SP (EN);  RJ (PEx); ES (PEx); RS (CR); PA (VU)
Anexos da CITES: Anexo II
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2cd

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Myrmecophaga tridactyla é o maior representante da família Myrmecophagidae, atingindo até 2,20 m no comprimento total e chegando a pesar mais de 45 kg (Silveira, 1969). É facilmente reconhecido por seu tamanho, pela coloração distintiva da pelagem, com uma faixa diagonal preta de bordas brancas, pelo focinho longo e cilíndrico e cauda grande, com pêlos grossos e compridos (Nowak & Paradiso, 1983; Eisenberg & Redford, 1999). A espécie apresenta uma série de adaptações para a sua alimentação, constituída de formigas e cupins. Possui crânio alongado, língua longa e extensível, ausência de dentes e garras dianteiras grandes, utilizadas na abertura de cupinzeiros e formigueiros e, quando necessário, 
para a defesa. A procura de presas é feita pelo olfato e a permanência no sítio de alimentação é curta, variando de poucos segundos até cerca de três minutos (Drumond, 1992). Portanto, o tamanduá-bandeira visita vários cupinzeiros e formigueiros para atingir o seu consumo diário, que pode chegar até 30.000 formigas e/ou cupins (Nowak & Paradiso, 1983). Geralmente, a atividade de forrageio da espécie é realizada no chão, mas o tamanduá-bandeira tem certa habilidade para subir em árvores e cupinzeiros altos (Young  et al., 2003). Os demais membros da família Myrmecophagidae, os outros tamanduás (Tamandua tetradactyla e T. mexicana) e o tamanduaí (Cyclopes didactylus) possuem adaptações para a vida arborícola, como a presença de cauda preênsil, e.g. Os tamanduás-bandeira toleram ampla variedade de habitats, desde campos limpos, cerrados, florestas, até campos com plantações (Miranda, 
2004) a diferentes altitudes. Podem ter atividade ao longo do dia e da noite, dependendo da temperatura e da chuva (Eisenberg & Redford, 1999; Camilo-Alves & Mourão, 2006). Embora se associe muito ao Cerrado e aos Campos Limpos, no Pantanal da Nhecolândia, ambientes florestais são utilizados pela espécie para repouso e abrigo durante as horas mais quentes do dia, enquanto os Campos Limpos são utilizados durante as horas de temperatura mais amena, para as atividades de alimentação (Medri, 2002; Camilo-Alves, 2003; Medri & Mourão, 2005a; Camilo-Alves & Mourão, 2006). A espécie, assim como os demais edentados, apresenta baixo nível basal de metabolismo, quando comparada com a maioria dos outros mamíferos de mesmo porte, o que pode ser explicado pela dieta dos tamanduás-bandeira, que 
tem pobre teor nutricional (McNab, 1984). Em razão do baixo metabolismo, o tamanduá-bandeira pode apresentar dificuldades na regulação da temperatura corporal. Isso sugere uma explicação para a presença de pelagem densa, mesmo nos trópicos (Shaw & Carter, 1980). Quando esses animais dormem, normalmente deitam-se de lado, numa cavidade rasa, feita no solo com suas garras, e colocam a cauda sobre o corpo, que funciona como um isolante térmico e também auxilia na camuflagem do animal (Shaw & Carter, 1980). Entretanto, em manhãs frias, os tamanduás-bandeira podem preferir não cobrir o corpo com a cauda quando estão descansando em habitats abertos, expondo-se, assim, ao calor dos raios do sol (Medri & Mourão, 2005b). Durante o ato de amamentação, a mãe deita-se de lado e cobre a si mesma e ao filhote com a cauda (Michael P. Flint, com. pess.). O único par de mamas localiza-se logo abaixo das axilas. O período de gestação descrito para a espécie é em média de 183 a190 dias e geralmente nasce apenas um filhote por vez (Eisenberg & Redford, 1999), embora já tenha sido registrado o nascimento de gêmeos em zoológicos. A mãe carrega o filhote no dorso por cerca de seis a nove meses (Eisenberg & Redford, 1999) e este, quando mais crescido, pode descer do dorso da mãe para forragear formigas e cupins. O intervalo entre os nascimentos pode atingir nove meses (Eisenberg & Redford ,1999). Em cativeiro, o tempo de vida registrado foi de 25 anos (Nowak & Paradiso, 1983), mas não existe informação para animais de vida livre. Não há dimorfismo sexual evidente na espécie. A genitália dos machos é localizada internamente e, portanto, a discriminação do sexo só pode ser feita por inspeção detalhada. Ambos os sexos apresentam abertura urogenital logo abaixo do ânus. Pelo manuseio, pode-se saber quando se trata de um macho, cuja abertura mede aproximadamente 1 cm, ou de uma fêmea, que tem abertura de até 3 cm. A espécie é solitária, à exceção da mãe com seu filhote, durante o período de amamentação, e da época de reprodução, quando podem ser formados casais. Pouco se sabe sobre a reprodução da espécie em vida livre. 

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  A distribuição geográfica conhecida do tamanduá-bandeira vai desde o sul de Belize e Guatemala, na  América Central, até a América do Sul. Abrange áreas como oeste dos Andes, noroeste do Equador, leste andino, Colômbia, sul da Venezuela, sudeste da Bolívia, oeste do Paraguai, noroeste da Argentina, leste do Uruguai e Brasil (Wetzel, 1982, 1985). Atualmente, a espécie está provavelmente extinta no Uruguai (Eisenberg & Redford, 1999). Em 1996, houve o primeiro registro de sua ocorrência em Honduras, na América Central (McCain, 2001). Originalmente, ocorria em todos os Estados brasileiros, mas atualmente está extinta nos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo e em declínio populacional nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil.

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

PARNA da Amazônia e REBIO do rio Trombetas (PA); PARNA do Araguaia e PE do Cantão (TO); PARNA de Brasília, Reserva Ecológica do IBGE e EE de Águas Emendadas (DF); PARNA do Cabo Orange, EE do Jari e EE de Maracá-Jipioca (AP); PARNA da Chapada Diamantina e REBIO de Una (BA); PARNA da Chapada dos Guimarães, PARNA do Pantanal Mato-grossense, RPPN da Estância Ecológica SESC-Pantanal e EE Serra das Araras (MT); PARNA da Chapada dos Veadeiros e PARNA das Emas (GO); PARNA Grande Sertão Veredas, PARNA das Sempre-Vivas, PARNA da Serra da Canastra, PE do Rio Preto, RPPN Reserva do Jacob, RPPN Galheiros, EE do Panga e EE de Pirapitinga (MG); PARNA do Iguaçu, PARNA de Ilha Grande, PE do Cerrado e PE do Guartelá (PR); PARNA das Nascentes do rio Parnaíba (BA/MA/PI/TO); PARNA de Pacaás Novos (RO); PARNA da Serra da 
Bodoquena e RPPN da Fazenda Rio Negro (MS); PARNA da Serra da Capivara, PARNA da Serra das Confusões e EE de Uruçuí-Una (PI); PARNA da Serra do Divisor (AC); EE de Angatuba, EE de Jataí e EE de Paranapanema (SP); EE Serra Geral do Tocantins (TO/BA). Observação: para muitas Unidades de Conservação ainda não há estudos sobre a composição da fauna, considerando que, a ocorrência da espécie pode ser maior do que a listada aqui, dada a sua ampla distribuição original.

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  A deterioração e redução de habitats são apontadas como as principais causas de declínio das populações de tamanduá-bandeira (Fonseca  et al., 1999). Em regiões onde as temperaturas excedem  a ampla gama de neutralidade térmica do tamanduá-bandeira, que vai de 15 a 36 °C (McNab, 1984), a espécie necessita da disponibilidade de habitats arbóreos para proteger-se do calor ou do frio excessivo (Camilo-Alves & Mourão, 2006). Outros fatores que contribuem para a rarefação das populações desta espécie são a caça (Leeuwenberg, 1997; Peres, 2000) e os atropelamentos rodoviários (Fischer, 1997). Os incêndios florestais são também extremamente prejudiciais às populações de tamanduá-bandeira. A espécie é muito suscetível ao fogo, por ter deslocamento vagaroso e pelagem inflamável (Silveira 
et al., 1999). 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A etapa inicial para a conservação do tamanduá-bandeira deve enfocar a realização de estudos sobre a situação atual e a biologia da espécie em sua área de distribuição. Dados como densidade populacional, população mínima viável, análise genética das populações, tamanho da área de vida, dieta e utilização de habitats são fundamentais para o entendimento dos requisitos ecológicos da espécie. É importante haver troca de informações entre os pesquisadores de campo e os de cativeiro, para o planejamento de ações adequadas à conservação da espécie in situ e ex situ. As áreas mais representativas para as populações de tamanduás-bandeira devem ser mais intensamente conservadas com a criação de novas 
Unidades de Conservação ou a preservação daquelas que já existem. Além disso, será preciso efetivar a conexão dessas áreas pela implantação de corredores ecológicos. A manutenção de manchas de florestas e de cerradões em áreas de uso agropecuário e o controle da caça nessas áreas podem favorecer populações locais de tamanduás-bandeira. Programas de educação ambiental, enfatizando a sobrevivência da espécie, devem ser implantados nas áreas de sua ocorrência, especialmente ao longo das rodovias, para minimizar os atropelamentos desses animais. Em especial, nos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, tais programas deveriam desmistificar a crendice popular que associa o tamanduá-bandeira à má 
sorte. Nas áreas onde ocorre caça de subsistência sobre a espécie, é necessário implantar alternativas de desenvolvimento sustentável para a comunidade humana local. Planos de manejo de incêndios devem ser feitos nas áreas em que esses eventos são comuns. 

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

Guilherme Mourão (Embrapa Pantanal); Guilherme Henrique Braga de Miranda (INC/DITEC/DPF); Ísis Meri Medri (UnB);  Flávio Henrique Guimarães Rodrigues (UFMG e Instituto Pró-carnívoros); Robert John Young (PUC/MG); e Constança de Sampaio e Paiva Camilo-Alves (UFMS). 

Fonte: Livro Vermelho de Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

sexta-feira, julho 29, 2011

Abélia


Abelia grandiflora


Nome Científico:
Abelia x grandiflora Hort.Ex L.H. Bailley
Nomes Populares :
Abélia
Família :
Família Caprifoliaceae
Origem:
Originária da Ásia






Descrição:
  Arbusto de até 3,0 m de altura forma arredondada, folhas perenes pequenas verdes ou variegadas.Flores brancas pequenas e tubulares com cálice avermelhado, reunidas em inflorescência vistosa terminal e também menores ao longo dos ramos.Seu florescimento é longo, da primavera ao outono e atraem borboletas.
Cultivo:
  Desenvolve-se bem em locais ensolarados, de solo fértil e profundo. É tolerante ao calor e ao frio, o que nos dá a possibilidade de cultivo no Brasil todo independendo da região. Para propagação podem ser usados ramos novos, sem flores.
Ambiente e uso decorativo:
  Seu cultivo isolado, junto a muros, em conjunto com outras plantas e mesmo podado como cerca-viva é sempre uma ótima opção para o jardim de sol.

Jaó-do-litoral

Crypturellus noctivagus noctivagus (Wied, 1820)

NOME POPULAR: Jaó-do-litoral; Jaó-do-sul; Jaó
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Tinamiformes
FAMÍLIA: Tinamidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: RJ (PEx); PR (EN); SP (CR);
ES (CR); MG (CR); RS (PEx)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A4cd; B1ab(i); D2

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Crypturellus noctivagus noctivagus é uma das maiores formas do gênero, com cerca de 32 cm de comprimento e pesando mais de meio quilo. Possui um colorido vivo, com a parte anterior do pescoço e o peito cinza-chumbo, ventre avermelhado, garganta amarela, uropígio castanho e demais partes amareladas, barradas de negro. Endêmica da Mata Atlântica brasileira, vive no chão das florestas de baixada, em áreas bem preservadas, até 500 m de altitude, sendo muito mais ouvida do que vista. Do fim do verão até o fim do inverno, praticamente não vocaliza, podendo passar despercebida do mais atento observador, mesmo em áreas onde é localmente comum (e.g. Reserva Natural Salto Morato, PR). O sudeste de São Paulo e o leste do Paraná são tidos como os principais redutos da espécie. Tal qual os
demais tinamídeos, o jaó-do-litoral é muito apreciado como caça.
  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 
  Originalmente, o jaó-do-litoral era encontrado nas áreas de Mata Atlântica de baixada do sul da Bahia e leste de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Atualmente, é considerado extinto no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul. O limite sul de distribuição da espécie conhecido atualmente é o vale do Itajaí, em Santa Catarina.

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
  Parque Botânico do Morro do Baú, REBIO Estadual do Sassafrás, RPPN Volta Velha (SC); APA de Guaratuba, PARNA do Superagüi (PR); PE da Ilha do Cardoso, PE Intervales, PE Carlos Botelho, EE Juréia-Itatins, PE da Serra do Mar/Núcleos São Sebastião e Cubatão (SP); Estação Biológica de Caratinga, PE do Rio Doce (MG); REBIO de Sooretama (ES).
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS
  A principal causa do declínio populacional desta espécie é a perda de hábitat pelo desmatamento. Uma grande porcentagem das áreas florestais da baixada litorânea foi transformada em áreas de agricultura e empreendimentos turísticos, especialmente no litoral dos Estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Uma das três únicas localidades com registro recente da espécie em Santa Catarina, o município de Itapoá (litoral norte) apresentou o maior crescimento demográfico do Estado no período 1991-2000, o que é uma preocupação para esta e outras espécies de baixada litorânea (e. g. Hemitriccus kaempferi, Phylloscartes kronei). Tal situação repete-se em muitos outros pontos da faixa
litorânea do Brasil, cenário que é ainda agravado pela grande pressão de caça existente, originada já nos tempos de colonização, em Estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Como resultado, a espécie está extinta em muitas das suas áreas originais de ocorrência (RS, RJ, presumivelmente sul de SC).

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

É imprescindível a proteção dos remanescentes de Mata Atlântica nos quais a espécie ainda ocorre, bem como fiscalização adequada contra a caça, que pode ser complementada com ações de educação ambiental. Em áreas com grande fragmentação, é ainda recomendada a restauração de áreas degradadas que permita uma conectividade entre as matas e reduza, por conseguinte, o isolamento das populações do jaó-do-litoral. A criação em cativeiro com a finalidade de reintrodução em áreas protegidas é outra estratégia importante. Experimentos nesse sentido vêm sendo conduzidos pela Fundação Crax, em Minas Gerais.
  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO
  Roberto Azeredo (Fundação Crax)

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

quinta-feira, julho 28, 2011

Árvore-da-felicidade macho


Polyscias guilfoylei

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Nome Científico:Polyscias guilfoylei L.H.Bailey
Nomes Populares :Árvore-da-felicidade macho, arália-cortina
Família :Angiospermae – Família Araliaceae
Origem:Polinésia
Descrição:
Arbusto de altura variável de 3 a 5,0 metros, forma irregular lenhoso e de folhagem ornamental. As folhas são compostas de folíolos recortados, podendo variar a forma das folhas conforme a variedade.As flores são raras em nosso país. Pode ser cultivado em todo o país, mas com restrições a regiões de inverno muito frio.
Modo de Cultivo :
  Deve ser cultivado à meia sombra, inclusive em interiores, desde que bem iluminados ou com algum sol.O solo de cultivo deve ser bem drenado, com alto teor em matéria orgânica.


Plantio em Vaso
  Quase sempre cultivado em vasos, necessitamos de recipiente grande para conter as raízes.Preparar o vaso para plantio pincelando nas paredes internas uma tinta impermeabilizante do tipo asfáltica, duas demãos deixando secar alguns dias.Colocar no furo de drenagem m punhado de brita ou cacos de tijolos com areia úmida. Para diminuir o peso do vaso podemos substituir por geomanta. 
  Colocar o substrato de composto orgânico misturado com areia na proporção de 4:1.Retirar a muda do recipiente de cultivo com cuidado para não danificar as raízes e plantar. Aconchegar o composto ao redor da planta completando o vaso. Regar. Se faltar composto, colocar mais.O importante é não ultrapassar a linha de plantio da muda enterrando demasiado.Cobrir o substrato com cascas de pínus lavada para ajudar a manter a umidade e também para enfeitar. Realizar reposição de nutrientes com adubo NPK formulação 10-10-10 granulado, cerca de 20 gramas dissolvidos em água na temperatura ambiente. Um dia antes regar bem o substrato para a formação do bulbo úmido. 
  No dia seguinte o adubo dissolvido entrará melhor no substrato alcançando as raízes. Fazer adubações na primavera.

Lagartinho-do-cipó

Placosoma cipoense Cunha, 1966

NOME POPULAR: Lagartinho-do-cipó
FILO: Chordata
CLASSE: Lepidosauromorpha
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Gymnophthalmidae

STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: MG (EN)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): EN – B1ab(i) + 2ab(ii)

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Placosoma cipoense é um pequeno lagarto restrito ao Estado de Minas Gerais, com comprimento rostro-cloacal não superior a 80 mm e cauda mais longa que o corpo. Conhece-se muito pouco sobre a sua
biologia. Os poucos exemplares para os quais há informação biológica foram obtidos sob troncos ou
em frestas de pedras, em regiões de campos rupestres sem vegetação arbustiva ou próximas a matas de
galeria baixas, na região da serra do Espinhaço e adjacências, entre 900 e 1.200 m de altitude.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

Sua distribuição geográfica passada é desconhecida, mas presumivelmente não era muito diferente da
atual, que parece estar associada a regiões elevadas, com climas frios. Essa espécie é conhecida apenas
de Congonhas do Norte e da região da serra do Cipó, no Estado de Minas Gerais.

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PARNA da Serra do Cipó (MG).

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  O fogo, a destruição e a descaracterização e fragmentação das matas dos campos rupestres representam
as ameaças mais imediatas à conservação da espécie.

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A proteção das florestas de altitude relictuais da região da serra do Espinhaço e adjacências é essencial para a manutenção da espécie. Recomendam-se levantamentos com metodologia adequada, para verificar sua real distribuição e abundância e obter dados sobre sua história natural, de modo a planejar medidas mais efetivas de conservação. Para ampliar o conhecimento sobre a espécie, o Parque Nacional da Serra do Cipó poderia implementar um projeto de educação ambiental solicitando a colaboração dos visitantes.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Jaime Bertoluci (ESALQ/USP); José Casimiro da Silva Jr. e Miguel T. U. Rodrigues (IBUSP); Felipe
Leite (Consultor Autônomo).
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

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