Meio ambiente

segunda-feira, outubro 31, 2011

Lagarto-da-cauda-verde


Cnemidophorus littoralis Rocha, Araújo, Vrcibradic & Costa, 2000 

NOME POPULAR: Lagarto-da-cauda-verde
SINONÍMIAS: Até a descrição da espécie, a mesma era referenciada 
como Cnemidophorus ocellifer
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Teiidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – B1b(i)c(i) + 2b(ii)c(ii)

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Cnemidophorus littoralis habita áreas de restinga caracterizadas por moitas de vegetação de tamanhos variados espalhadas por grandes extensões de areia branca. É exclusivamente diurna e permanece ativa durante os períodos mais quentes do dia. Seu período de atividade  estende-se das 8h às 15h, sendo que o pico de atividade se concentra entre 10h e 12h. Sua temperatura corpórea em atividade atinge em média 38-39 ºC, estando entre as mais altas conhecidas para lagartos brasileiros. Cnemidophorus littoralis forrageia ativamente ao longo da periferia das moitas nas restingas em que habita. Sua dieta é composta por artrópodos, com predomínio de cupins (Isoptera), que são capturados em meio à serrapilheira ou diretamente nos cupinzeiros. A biologia reprodutiva de C. littoralis ainda é praticamente desconhecida. A espécie apresenta dimorfismo sexual, com os machos atingindo maiores tamanhos do que as fêmeas. Cnemidophorus littoralis é aparentemente uma espécie de distribuição restrita a ambientes de restinga e, mais especificamente, a restingas relativamente abertas, com largas extensões de areia nua entre as moitas. Esses ambientes estão freqüentemente sujeitos a alterações causadas pela ocupação humana, por se localizarem ao longo do litoral.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Cnemidophorus littoralis é uma espécie descrita apenas recentemente, em 2000, e não se sabe qual a extensão de sua distribuição original no passado. Atualmente, a espécie é conhecida de apenas três áreas de restinga no Estado do Rio de Janeiro: Barra de Maricá (município de Maricá), restinga de Jurubatiba (municípios de Macaé, Carapebus e Quissamã) e restinga de Grussaí (município de São João da Barra). 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  A única Unidade de Conservação onde a espécie ocorre é o PARNA da Restinga de Jurubatiba (RJ). 

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  O principal fator de ameaça para as populações de C. littoralis é a destruição de seu hábitat. Extensos trechos de vegetação de restinga têm sido destruídos nas últimas duas décadas ao longo da distribuição da espécie. Na restinga de Jurubatiba, a implantação de um oleoduto ocorreu sobre a zona da restinga em que havia a maior densidade de C. littoralis da região. Na restinga de Grussaí, o hábitat da espécie está sendo destruído pela ocupação humana desorganizada e pela favelização. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A principal estratégia para a conservação de C. littoralis é a proteção de porções adicionais de seu hábitat a partir da criação de novas Unidades de Conservação. Também seriam importantes programas de recuperação do hábitat da espécie ao longo de toda a sua área de distribuição. Nas áreas em que a espécie está sob maior risco (restinga de Grussaí), é recomendável que, após a recuperação do hábitat, seja feito um programa de monitoramento da espécie, de forma a acompanhar a evolução do tamanho populacional. São importantes, ainda, pesquisas adicionais sobre a biologia da espécie e programas de educação ambiental, visando a conscientização sobre a importância da pereservação da espécie e de seus habitats. Ressalta-se que parte dos dados disponibilizados no presente capítulo foram obtidos de um projeto direcionado à espécie, subvencionado com recursos da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza.

  •  ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Carlos Frederico Duarte Rocha, Davor Vrcibradic e Vanderlaine Amaral de Menezes (IB/UERJ). 

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção 

domingo, outubro 30, 2011

Jacucaca


Penelope jacucaca Spix, 1825

NOME POPULAR: Jacucaca; Jacu-da-testa-branca; Jacu-goela
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Galliformes
FAMÍLIA: Cracidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A4cd

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Penelope jacucaca, endêmica da Caatinga, é a maior espécie de cracídeo deste bioma, vivendo preferencialmente na Caatinga arbórea e nas matas secas. Ocorria em quase todos os Estados do Nordeste brasileiro e em Minas Gerais, aproximando-se da costa em alguns locais. Nas caatingas, prefere as áreas mais úmidas e próximas dos rios, temporários ou não. Tolera algum tipo de perturbação em seu ambiente, mas é bastante sensível à caça. Essencialmente frugívoro, tem predileção por frutos, como o do joazeiro, consumindo também flores de ipê. Pode ser visto sozinho, aos pares ou em pequenos grupos, que se deslocam rapidamente pelo solo ou pelas árvores, fazendo grande barulho. Essas aves vocalizam principalmente de madrugada e ao crepúsculo, quando se reúnem para dormir. Não são conhecidos os seus hábitos reprodutivos na natureza, mas filhotes têm sido obtidos com certa facilidade em cativeiro. 

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Ocupava grande área de caatinga arbórea nos Estados do Maranhão (sul), Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Minas Gerais, sendo extinto em boa parte de sua distribuição original. Presente principalmente em Unidades de Conservação nos Estados do Piauí, Ceará, Bahia e Pernambuco. Recentemente, foi registrado em Mocambinho e Januária (MG). Provavelmente extinto em Alagoas, na Paraíba e na faixa leste de Pernambuco. 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PARNA da Serra da Capivara, PARNA da Serra das Confusões, PARNA Sete Cidades e PARNA das Nascentes do Rio Parnaíba (PI); PARNA da Serra de Itabaiana (SE); PARNA da Chapada Diamantina e EE do Raso da Catarina (BA); FLONA do Araripe, APA da Serra da Aratanha e APA da Serra do Baturité (CE); REBIO de Serra Negra e Reserva Ecológica Maurício Dantas (PE). 

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  Como as matas secas e a caatinga arbórea continuam sendo devastadas no Nordeste do Brasil, a perda de hábitat é a principal ameaça à espécie. O jacucaca, como todo cracídeo, também sofre com a caça intensa, desaparecendo rapidamente de muitas áreas. Em função de seu porte, é mais procurado do que o ainda comum jacupemba (Penelope superciliaris ochromithra), que é sintópico em grande parte de sua distribuição. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  É importante a proteção efetiva contra os caçadores e a degradação ambiental das Unidades de Conservação onde esta espécie ainda ocorre, especialmente na serra da Capivara, serra das Confusões e serraNegra. A restauração dos habitats e a formação de corredores ecológicos podem surtir efeitos positivos. A criação em cativeiro é também uma ferramenta importante para a conservação da espécie. Aparentemente, o jacucaca se reproduz com certa facilidade em cativeiro e os filhotes poderiam ser utilizados em programas de reintrodução.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Pedro Lima (CETREL – Empresa de Proteção Ambiental); Andei Roos (CEMAVE); Galileu Coelho (Pesquisador autônomo); Roberto Azeredo (Fundação Crax).

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

sábado, outubro 29, 2011

Macaco-prego


Cebus xanthosternos Wied-Neuwied, 1826 

NOME POPULAR: Macaco; Macaco-prego; Macaco-de-bando; Coité,  
Piticau; Macaco-preto; Macaco-mirim; Macaco-verdadeiro;  
Macaco-prego-do-peito-amarelo
SINONÍMIAS: Cebus apella xanthosternos
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Primates
FAMÍLIA: Cebidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: MG (CR)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): CR
Brasil (Biodiversitas, 2002): CR – A2cd; C2a(i)

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Cebus xanthosternos diferencia-se das demais espécies do gênero por apresentar coloração amarelada no peito e na parte anterior do braço e da cabeça, com dois tufos muito pequenos e voltados para trás, dando a impressão de ausência de tufos (Silva Júnior, 2001). Durante levantamento realizado entre 2002 e 2004 (Kierulff et al., 2004; 2005), o macaco-prego-do-peito-amarelo foi encontrado em regiões com diferentes fitofisionomias: floresta ombrófila densa, floresta estacional semidecidual, floresta estacional decidual e áreas de tensão ecológica (áreas de contato entre tipos de vegetação). Apesar de C. xanthosternos ser encontrado em matas com características de Caatinga, tais áreas originalmente eram cobertas por florestas, caracterizando-se atualmente como matas remanescentes secundárias, com presença de espécies típicas de ambientes xéricos. Além disso, o macaco-prego-do-peito-amarelo está restrito, no bioma Caatinga, a serras e morros onde há formações florestais ou matas mais úmidas nos vales e encostas. Durante o levantamento, foi observada uma grande variação geográfica no padrão de coloração das populações de C. xanthosternos. Os animais cativos e fotografados na região norte, próximo ao rio São Francisco, apresentaram uma coloração mais clara; no sudeste e no centro da distribuição, as populações registradas apresentaram a coloração típica da espécie, enquanto que no noroeste do Estado de Minas Gerais os animais apresentaram uma coloração mais escura. Essa coloração mais escura também foi descrita por Santos et al. (1987) e A. B. Rylands (em Coimbra-Filho et al., 1992). As diferenças na coloração podem indicar uma variação clinal no sentido norte-sul, ou populações hibridizando nas áreas de sobreposição de distribuição entre diferentes espécies de Cebus. Pouco se sabe sobre a ecologia e o comportamento desta espécie na natureza, pois a maioria dos dados disponíveis para o gênero Cebus refere-se a estudos com as espécies amazônicas. As densidades de C. xanthosternos resgistradas nas matas do sul da Bahia foram inferiores àquelas encontradas para outras espécies de Cebus da Mata Atlântica. A provável causa dessas baixas densidades é a caça, tanto para a alimentação, quanto para a manutenção de indivíduos como animais de estimação. Observações diretas e entrevistas com moradores das áreas de ocorrência da espécie indicam que o desmatamento e a caça ainda são comuns. De cerca de 500 entrevistas, em 4% os entrevistados indicaram que o macaco-prego-do-peito-amarelo é caçado. Além disso, foram encontrados mais de 20 indivíduos mantidos como animais de estimação em diferentes localidades. 

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Os registros do século XIX (e.g. Wied-Neuwied, 1989) e os resultados de levantamentos publicados sobre a espécie (Oliver & Santos, 1991; Coimbra-Filho et al., 1991) forneceram evidências de que a distribuição original de C. xanthostenos incluía uma extensa área ocupada por florestas limitadas a norte e oeste pelo rio São Francisco, nos Estados de Sergipe e Bahia, a leste pelo oceano Atlântico e ao sul pelo rio Jequitinhonha, na Bahia e norte de Minas Gerais. Entretanto, foram poucas as visualizações feitas por Oliver & Santos (1991), sendo a maioria dos registros originada de informações de terceiros e por animais cativos. O levantamento realizado entre 2002 e 2004, que considerou apenas as localidades com ocorrência confirmada por meio de armadilhas fotográficas (Kierulff et al., 2004), animais cativos capturados na área, animais observados nas matas e relatos recentes, confirmou a distribuição daqueles autores. As florestas localizadas na área de distribuição da espécie, no entanto, estão bastante fragmentadas, havendo apenas algumas maiores do que 3.000 ha. As populações remanescentes são poucas e estão isoladas em fragmentos de mata. 
  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  REBIO de Una (BA) – área total de 11.400 ha, onde cerca de 6.000 ha estão cobertos por florestas que, junto com as matas vizinhas, representam a maior área contínua com C. xanthosternos (cerca de 15.000 ha). REBIO Mata Escura (MG) – área total de 50.890 ha, em fase de implantação; possui cerca de 10.000 ha de florestas, divididos em um bloco continuo com 5.000 ha e fragmentos menores. PE Serra do Conduru (BA) – área total de 9.200 ha, sendo 600 ha de florestas fragmentadas; sua situação fundiária ainda não foi regularizada. PE Sete Passagens (BA) – com cerca de 2.000 a 3.000 ha de florestas. 
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  As principais ameaças são: 1) destruição e alteração do hábitat – as populações de C. xanthosternos são poucas e ocorrem em áreas pequenas e altamente fragmentadas e isoladas umas das outras, estando, portanto, suscetíveis aos riscos tipicamente associados a populações de tamanho pequeno; 2) o desmatamento; 3) a caça e a captura de indivíduos para manutenção como animais de estimação. Simulações de probabilidade de extinção usando o programa Vortex (Lacy, 2005) mostram que uma das maiores ameaças para C. xanthosternos é a caça (Kierulff et al., 2005). Por exemplo, se ao acaso em uma população forem caçadas uma fêmea jovem e uma fêmea adulta por ano, nem mesmo uma população com 740 indivíduos (sobrevivendo em uma área de 20.000 ha) seria suficiente para manter a espécie por 100 anos. Como agravante, na área de distribuição da espécie não há florestas com 20.000 ha.
  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  As principais estratégias para a conservação da espécie são: 1) Proteção e expansão do hábitat protegido – mais áreas protegidas públicas ou particulares devem ser criadas para a manutenção da espécie. As Unidades de Conservação onde a espécie já existe devem ser regularizadas e/ou aumentadas, como, por exemplo, a Reserva Biológica de Una. Outro exemplo é o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que deve ser aumentado para incluir as matas onde C. xanthosternos ocorre; 2) Uma análise genética das populações selvagens da espécie seria importante para entender a variação de coloração e possíveis hibridismos com outras espécies de Cebus. Esse conhecimento ajudaria principalmente na identificação de híbridos para o manejo da espécie em cativeiro; 3) Recuperação do hábitat nas áreas onde a espécie ocorre; 4) Campanhas de educação ambiental e aumento da  fiscalização para proteger a espécie da caça e captura; 5) Pesquisas sobre a ecologia da espécie para entender as causas das baixas densidades encontradas e os efeitos da fragmentação nas populações remanescentes. A identificação e indicação de estratégias prioritárias para a conservação da espécie, tanto na natureza quanto em cativeiro, são feitas pelo Comitê Internacional para o Manejo e a Conservação de Cebus xanthosternos e Cebus robustus, formado pelo IBAMA, por representantes de instituições nacionais e internacionais e por pesquisadores que trabalham com a espécie. Outra importante medida para a conservação da espécie é a organização de uma colônia em cativeiro viável no Brasil. Atualmente, a maioria dos zoológicos não faz distinção entre as diferentes espécies de Cebus e as colônias são formadas por indivíduos híbridos. 
  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  IESB; CI-Brasil; CPRJ; CPB/IBAMA; Fundação Biodiversitas; Fundação Parque Zoológico de São Paulo; M. Cecília M. Kierulff (Fundação Parque Zoológico de São Paulo); Gabriel R. dos Santos, Priscila S. Gouveia, Gustavo R. Canale, Carlos Eduardo G. Carvalho e Camila R. Cassano (IESB); Anthony B. Rylands (Conservation International); Ilmar B. Santos (SEMAD/FEAM/MG); Adelmar F. Coimbra-Filho (CPRJ); Alcides Pissinatti (FEEMA); José de Souza e Silva Júnior. (MPEG); Russel A. Mittermeier (Conservation International). Fabiano Rodrigues de Melo, pelo CECO, e Gustavo R. Canale, pela Ideia Ambiental, desenvolvem projetos com a espécie mediante financiamento do Programa de Proteção às Espécies Ameaçadas de Extinção da Mata Atlântica Brasileira, coordenado em parceria pela Fundação Biodiversitas e CEPAN.

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

sexta-feira, outubro 28, 2011

Receita de produtos de limpeza ecológicos


 Ajude a minimizar o impacto que causamos no planeta, faça seus próprios produtos de limpeza. Além de contribuir para saúde da Mãe Terra, você também fará uma boa economia. Confira e veja a diferença no fim do mês!

SABÃO LÍQUIDO PARA LOUÇA
  • 2 litros de água
  • 1 sabão caseiro ralado
  • 1 colher de Óleo de Rícino
  • 1 colher de Açúcar.
Ferver todos os ingredientes até dissolver e engarrafar.

DETERGENTE ECOLÓGICO
  • 1 pedaço de sabão de coco neutro
  • 2 limões
  • 4 colheres de sopa de amoníaco (que é biodegradável)
Derreta o sabão de coco, picado ou ralado, em um litro de água. Depois, acrescente cinco litros de água fria. Em seguida,esprema os limões. Por último, despeje o amoníaco e misture bem.Guarde o produto resultante em garrafas e utilize-o no lugar dos similares comerciais. Você obterá seis litros de um detergente que limpa, não polui, cujo valor econômico é incomparavelmente menor do que o do similar industrializado.

DETERGENTE ECOLÓGICO MULTIUSO
  • Água
  • Vinagre
  • Amônia líquida (amoníaco)
  • Bicarbonato de sódio e ácido bórico
Em um litro de água morna (cerca de 45º C), coloque uma colher de sopa de vinagre, uma colher de sopa de amoníaco,uma colher de sopa de bicarbonato de sódio e uma colher de sopa de bórax ou ácido bórico. o Utilize em qualquer tipo de limpeza, em substituição aos multiusos convencionais. o Como qualquer produto de limpeza convencional, mantenha os detergentes ecológicos fora do alcance de crianças e animais domésticos. Fonte: Planeta na Web.

DESINFETANTE PARA BANHEIRO
  • 1 litro de Álcool (de preferência 70º)
  • 4 litros de água
  • 1 Sabão Caseiro
  • Folhas de Eucalipto
Deixar as folhas de eucalipto de molho no álcool por 2 dias. Ferver 1 litro de água com o sabão ralado, até dissolver. Juntar a água e a essência de eucalipto. Engarrafar.

AMACIANTE DE ROUPAS
  • 5 litros de Água
  • 4 colheres de Glicerina
  • 1Sabonete ralado
  • 2 colheres de sopa de Leite de Rosas.
Ferver 1 litro de água com o sabonete ralado até dissolver. Acrescentar mais 4 litros de água fria, as 4 colheres de glicerina e as 2 colheres de Leite de Rosas. Mexer bem até misturar e depois engarrafar.


Ai estão 12 dicas simples para fazer uma limpeza mais sustentável


LIMPANDO JANELAS E ESPELHOS
Para limpeza de rotina, use 3 colheres de vinagre diluídas em 11 litros de água quente. Se o vidro estiver muito sujo, primeiro limpe-o com água e sabão. Para secar superfícies, utilize tecido de algodão reutilizado ou jornais velhos. Fonte: Greepeace.

PARA LIMPAR E DESODORIZAR CARPETES E TAPETES:
 Misture duas partes de fubá com uma parte de bórax. Pulverize generosamente, deixe descansar por uma hora e aspire. Uma desodorização rápida pode ser obtida pulverizando-se o carpete com bicarbonato e aspirando logo a seguir. Fonte: Greepeace.

PARA AMACIAR SUAS ROUPAS:
 Adicione ½ copo de vinagre ou ¼ de copo de bicarbonato durante o enxágüe. Fonte: Greepeace.

LIMPANDO O BANHEIRO:
 Para limpeza geral de banheiros, use escova com bicarbonato de sódio e água quente. Para pias, despeje vinagre e deixe descansar durante a noite, enxaguando pela manhã. Para limpar bacias, aplique uma pasta de bórax e suco de limão. Deixe por algumas horas e dê descarga. Ou utilize uma solução forte de vinagre. Fonte: Greepeace.

PARA LIMPAR VIDROS E TIRAR GORDURA: 
Use uma solução de vinagre ou limão diluídos em água.

PARA LIMPAR O FORNO: 
Basta uma solução de água quente com bicarbonato de sódio, que deve ser passada com um pano fino.

PARA LIMPAR PANELAS E FORMAS QUEIMADAS: 
Cubra a área com uma fina camada de bicarbonato de sódio e água e deixe descansar por algumas horas antes de lavar.

OUTRO LIMPADOR PARA JANELAS:
 Misture ½ xícara de álcool, 2 xícaras de água e uma colher de sopa de amoníaco. Coloque luvas e aplique a solução com um pedaço de pano.

JANELAS E ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO:
 Para manter janelas e esquadrias de alumínio sempre brilhando como novas, é só limpá-las uma vez por mês com uma mistura de óleo de cozinha e álcool, em partes iguais. Em seguida é só passar um pano macio ou flanela. Fonte: Livro Sebastiana Quebra-Galho, de Nenzinha Machado Salles.

LIMPADOR PARA PISOS DE CERÂMICA:
 Misture no seu balde de limpeza, aproximadamente 3,5 litros de água com ¾ de xícara de vinagre branco e ½ xícara de amoníaco. Lave o piso como de costume.Fonte: Casa Club TV.

NO LUGAR DA NAFTALINA :
A naftalina afeta o fígado e os rins, utilize sachês com flores de lavanda em seu lugar.

DESODORANTE DE AMBIENTE:
 Pode ser substituído por uma solução de ervas com vinagre ou suco de limão. Além de gastar menos dinheiro, você vai estar evitando produtos responsáveis pelo aumento de doenças respiratórias e alergias.Fonte: WWF Brasil.

Fonte: Instituto de Permaculturas e Ecovilas da Mata Atlântica, ( Ipema), do Brasil

quinta-feira, outubro 27, 2011

Caiarara ka’apor

Cebus kaapori Queiroz, 1992

NOME POPULAR: Caiarara ka’apor; Caiarara; Cairara
SINONÍMIAS: Cebus capucinus; Cebus nigrivittatus kaaporum
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Primates
FAMÍLIA: Cebidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: PA (CR)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): CR – A2cd

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Cebus kaapori, como os demais táxons do gênero, é um primata arbóreo de tamanho médio e hábitos generalistas. Apresenta cauda semipreênsil e possui polegares oponíveis, que lhe conferem grande capacidade de manipulação. O caiarara ka’apor é uma espécie do grupo “sem tufo” (subgênero Cebus sensu Silva Júnior, 2001), apresentando uma pelagem aguti, com coloração marrom-acinzentada nas partes superiores e nos dois terços proximais da cauda, e cinza-prateada na garganta, tórax, abdômen, espáduas, região frontal da parte próxima aos membros anteriores e do pincel caudal (Queiroz, 1992; Silva Júnior, 2001). Apesar das pequenas diferenças observadas nas tonalidades da coloração marromacinzentada das partes superiores, não existem amostras suficientes para uma descrição completa das variações cromáticas dentro do táxon, que é representado por apenas três espécimes, todos depositados no Museu Paraense Emílio Goeldi (Silva Júnior, 2001). A raridade natural do caiarara ka’apor tem sido reconhecida por todos os autores que trabalharam com a espécie no campo (Lopes, 1993; Lopes & Ferrari, 1993; Ferrari & Queiroz, 1994; Ferrari & Lopes, 1996; Lopes & Ferrari, 1996; Silva Júnior & Cerqueira, 1998; Carvalho Júnior et al., 1999; Carvalho Júnior, 2003) Uma revisão da literatura sobre mamíferos da Amazônia oriental produzida desde o início do século XVII indicou que, antes de sua descrição, em 1992, Cebus kaapori havia sido citado em uma única obra (Goeldi & Hagmann, 1906), sendo identificado como Cebus capucinus. Dados etnológicos indicaram que o caiarara ka’apor é utilizado como xerimbabo entre os índios Awa (Cormier, 2000), sendo amamentado no peito pelas mulheres lactantes e exercendo a função de “cão de guarda” das aldeias na idade adulta (H. L. de Queiroz, obs. pess.). Este táxon nunca foi alvo de um estudo ecológico ou comportamental específico de longo prazo. As informações disponíveis sobre o seu modo de vida ainda são escassas. C. kaapori parece ocorrer em baixas altitudes, tendo sido observado apenas em matas altas de terra firme (Lopes, 1993; Lopes & Ferrari, 1996; Silva Júnior & Cerqueira, 1998; Carvalho Júnior et al., 1999). A espécie ainda não foi avistada em florestas secundárias e em ambientes alagáveis ou de vegetação aberta. Os estudos já realizados mostram que os grupos são pequenos e que o táxon é pouco abundante (Lopes, 1993; Lopes & Ferrari, 1996; Silva Júnior & Cerqueira, 1998; Carvalho Júnior et al., 1999; Carvalho Júnior, 2003). As baixas densidades são atribuídas, em parte, à competição interespecífica com Cebus apella (Carvalho Júnior et al., 1999). Grande parte das observações indica a presença de indivíduos solitários e de associações relativamente freqüentes com Chiropotes satanas (Lopes, 1993; Silva Júnior & Cerqueira, 1998; Carvalho Júnior et al., 1999)

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Amazônia oriental, ao sul do rio Amazonas, no leste do Pará e oeste do Maranhão. Localidade-tipo: Garimpo Chega-Tudo, atual município de Nova Esperança, Maranhão (02º13’S; 46º53’W). Tipos no Museu Paraense Emílio Goeldi. A distribuição de C. kaapori ainda é mal conhecida. O limite oeste foi fixado na margem direita do rio Tocantins, mas os limites norte, leste e sul permanecem indeterminados. Não se sabe ainda se a distribuição da espécie se estende ao norte até a linha costeira. Por sua vez, o registro mais meridional é a fazenda Varig (04º39’S; 47º03’W), mas a espécie ainda não foi observada ao sul desta latitude. O registro mais oriental é Santa Luzia (03º58’S; 45º31’W), uma vez que o relato sobre a presença de C. kaapori próximo ao lago Açu (03º43’S; 44º58’W) ainda não foi confirmado. Os limites orientais e meridionais da área de distribuição original podem ter sido retraídos, em conseqüência do processo de transformação das paisagens locais. A área de ocorrência da espécie está completamente fragmentada, dada a grande atividade antrópica na Amazônia oriental. 
  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  REBIO Federal Gurupi, RESEX Estadual do Ciriaco, RESEX Estadual do Quilombo do Frechal, RESEX Estadual Mata Grande e RF Estadual de Buriticupu (MA); APA Estadual Lago de Tucuruí (PA). A REBIO Gurupi era a única Unidade de Conservação onde C. kaapori havia sido efetivamente observado. Recentemente, a espécie foi avistada na APA Lago de Tucuruí, na porção localizada na margem direita do rio Tocantins (M. A. Lopes, com. pess.). As demais Unidades de Conservação estão situadas dentro da área de distribuição conhecida, mas a presença da espécie ainda não foi observada em nenhuma delas.
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  Cebus kaapori possui uma das menores áreas de distribuição geográfica entre as espécies do gênero Cebus. Essa área coincide com a região de ocupação humana mais antiga e mais intensa da Amazônia oriental. A maior ameaça ao caiarara ka’apor parece ser a perda e a fragmentação de seu hábitat. As atividades humanas na Amazônia oriental têm causado enorme devastação de áreas de florestas, com a presença de grandes centros urbanos, áreas de garimpo e grandes empreendimentos envolvendo exploração madeireira e atividades agropecuárias. A raridade natural da espécie, que já foi extinta em grande parte de sua área de distribuição original, constitui elemento agravante dessa situação. A paisagem remanescente está muito fragmentada, havendo continuidade do processo de desmatamento nos dias atuais. Assim como Chiropotes satanas e outras espécies de mamíferos da região, o caiarara ka’apor também pode estar sendo ameaçado por atividades de caça fácil, tendo em vista a maior facilidade de acesso às florestas e o desaparecimento de outras espécies cinegéticas. A continuidade na fragmentação de seu hábitat provavelmente aumentará essa fonte de pressão. 
  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A principal necessidade em relação à conservação do caiarara ka’apor diz respeito à ampliação do conhecimento atual. É necessário compreender o modo de vida da espécie e os efeitos da fragmentação nas populações mediante estudos de longo prazo sobre sua ecologia e comportamento. Algumas providências imediatas devem ser tomadas, sobretudo a continuidade dos levantamentos sobre populações remanescentes e limites de distribuição. É importante também realizar investigações sobre a presença da espécie nas Unidades de Conservação situadas dentro de sua área de distribuição geográfica e é imprescindível que essas áreas sejam efetivamente protegidas, verificando-se também a possibilidade de estabelecimento de novas reservas, públicas e privadas. Da mesma forma que Chiropotes satanas, o caiarara ka’apor conta com uma única reserva federal no interior de sua área de distribuição, a Reserva Biológica Gurupi, que vem sofrendo degradação, dada a forte exploração madeireira dentro de seus limites. Existe urgência na produção de conhecimento sobre a biologia de C. kaapori, para que programas de educação ambiental possam ser implementados, ajudando a diminuir as pressões contra a sobrevivência da espécie. Esse conhecimento será fundamental para uma avaliação segura das possibilidades de conservação em longo prazo e para dar subsídios ao plano de manejo da espécie. Recentemente, uma espécie de caiarara, ainda não identificada foi observada na Área de Proteção Ambiental do Arquipélago de Marajó, na parte noroeste da ilha de Marajó. Existem 13 Unidades de Conservação no litoral do Pará e do Maranhão, sendo 11 estaduais (8 no Pará e 3 no Maranhão) e duas municipais (no Pará). São reservas de manguezais, com ilhas e áreas adjacentes de terra firme. Como o caiarara ka’apor nunca foi observado em manguezais, é preciso verificar a presença da espécie nessas Unidades de Conservação.
  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Helder Lima de Queiroz (IDSM); José de Sousa e Silva Júnior (MPEG); Leandro Jerusalinsky e Marcelo Marcelino de Oliveira (IBAMA); Maria Aparecida Lopes e Maria Lúcia Harada (UFPA); Oswaldo de Carvalho Júnior (IPAM); Stephen Francis Ferrari (UFS); Tadeu G. de Oliveira (UEMA e Instituto Pró-Carnívoros). MPEG; UFPA; IPAM; IBAMA/PB; UEMA. 
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

quarta-feira, outubro 26, 2011

Sauim-de-Manaus


Saguinus bicolor (Spix, 1823)


NOME POPULAR: Sauim-de-coleira; Sauim-de-Manaus;  
Sauim-de-duas-cores e Sauim (AM)
SINONÍMIAS: Saguinus bicolor bicolor
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Primates
FAMÍLIA: Callitrichidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
Anexos da CITES: Anexo I


CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): CR
Brasil (Biodiversitas, 2002): CR – A2acde

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Saguinus bicolor é um animal esbelto, pesando em torno de 450 a 500 g quando adulto e seu corpo mede cerca de 28 a 32 cm de comprimento, com uma cauda fina de aproximadamente 38 a 42 cm. Os sauins formam grupos entre dois e 12 indivíduos, sendo mais comuns grupos entre cinco e oito (Vidal, 2003). Eventualmente, são observados animais solitários (tanto machos como fêmeas). A fêmea reprodutiva do grupo pode dar à luz um ou dois filhotes (gêmeos), duas vezes por ano, que após algumas semanas passam a ser cuidados e carregados por todos os membros do grupo. Os filhotes têm crescimento rápido, podendo atingir o peso de adulto em pouco mais de um ano. A dieta principal do sauim-de-coleira é composta de frutos (Egler, 1992) e invertebrados (basicamente insetos), mas também pequenos vertebrados (anfíbios, lagartos e filhotes de aves), néctar e goma. Esses primatas ocupam ambientes de floresta primária, floresta secundária (capoeira), campinaranas e áreas antropizadas, como pomares e plantações arbóreas e arbustivas adjacentes a florestas naturais, entre 40 e 150 m de altitude. Suportam bem a alteração de matas primárias e a fragmentação, desde que não atinjam extremos de isolamento ou degradação da cobertura vegetal, tanto que nessas áreas as densidades populacionais são maiores que em matas primárias e contínuas. Entretanto, podem apresentar problemas genéticos e ecológicos. A área de vida é bastante variável, sendo estimada entre 12 (Egler, 1986) e 35 ha (M. Gordo, obs. pess.) em áreas fragmentadas/alteradas e cerca de 110 ha em mata primária. Possuem atividade diurna, entre 6h30 e 16h30, aproximadamente, sendo mais intensa no período da manhã. Costumam abrigar-se para dormir em emaranhados de cipó e na base das folhas de palmeiras (inajá e buriti, principalmente), mais raramente em ocos de árvores. Possuem comportamento territorial extremamente acentuado, podendo ocorrer confrontos físicos violentos. Entretanto, entre grupos irmãos (provenientes da separação de um único grupo anterior), esse comportamento pode não ocorrer, chegando os grupos a se unirem temporariamente. Por outro lado, interações agonísticas entre indivíduos de um mesmo grupo nunca foram relatadas.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  A localidade-tipo situa-se nas proximidades da vila do rio Negro (= Manaus), barra do rio Negro, Amazonas. Os limites da distribuição foram determinados como sendo os rios Cuieiras e Negro a oeste; rios Negro e Amazonas ao sul; ao norte, uma linha imaginária no sentido leste-oeste, passando pelo km 30 da BR 174; a leste, a cidade de Itacoatiara, margem esquerda do rio Urubu (Ayres et al., 1980; Ayres et al., 1982; Egler, 1983). No sentido norte-sul, estendia-se por aproximadamente 50 km do rio Amazonas e no sentido leste-oeste por cerca de 220 km do rio Cuieras, até as imediações da cidade de Itacoatiara. Segundo Subirá (1998), os limites atuais da distribuição foram reduzidos (principalmente a nordeste-leste). A oeste e ao sul, os limites são os mesmos, enquanto o limite norte é uma linha imaginária no sentido leste-oeste, passando pelas campinaranas na margem esquerda do rio Cuieras (M. Gordo, obs. pess.), pelo km 35 da BR 174, pelos ramais Novo Milênio e ZF7, no município de Rio Preto da Eva (M. Gordo, obs. pess.), e a leste o rio Urubu, na altura do km 183 da rodovia AM 010. 
  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  Dentro da distribuição geográfica de S. bicolor, estimada em 750.000 ha, as Unidades de Conservação estão restritas às proximidades da cidade de Manaus (AM) e região oeste, sendo de tamanhos e categorias inadequados à conservação da espécie. PM do Mindu, PE Sumaúma, REVISE Sauim Castanheiras, REDES do Tupé, APA Margem Esquerda do Rio Negro – Setor Tarumã Açu / Tarumã Mirim e parte do PE do Rio Negro (AM). 
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  As maiores ameaças à espécie em toda a sua distribuição geográfica, que é bastante restrita, são o desmatamento e a fragmentação das florestas, principalmente nas proximidades de Manaus (Egler, 1993; Santos, 2005) e ao longo das estradas. Existe a hipótese de haver competição entre S. bicolor e S. midas ao longo dos extremos norte e nordeste (talvez também leste) da distribuição geográfica, em que  S. midas estaria ampliando sua distribuição, excluindo S. bicolor. Caso isso seja comprovado, será uma ameaça de extrema complexidade, que pode ser natural ou estar sendo potencializada ou mesmo induzida pelas ações antrópicas no ambiente. As capturas para comércio ou manutenção como animal de estimação existem, mas são pouco freqüentes, quando comparadas às de outros primatas. Nas áreas urbanas ou em vilas e comunidades com maiores densidades humanas, são freqüentes acidentes provocados por cães e gatos, fios elétricos, maus tratos (crianças com baladeiras) e atropelamentos. Nesse último caso, devem ser consideradas também as rodovias fora das áreas urbanas. 
  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  Ainda são necessárias mais pesquisas de longo prazo sobre ecologia, genética e comportamento na natureza, incluindo interações com outras espécies, principalmente S. midas. A criação de Unidades de Conservação de Proteção Integral com grandes áreas é imprescindível. Também são importantes outras medidas de conservação, como criação de corredores e recuperação de áreas degradadas com plantas nativas, educação ambiental, bem como manejo (translocações, reintroduções e enriquecimentos) e monitoramento de populações, grupos e indivíduos.
  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Atuais: Equipe do Projeto Sauim-de-Coleira/UFAM, coordenado por Marcelo Gordo; Fábio Röhe (INPA/Projeto Sauim-de-Coleira); Eduardo Martins Venticinque (Wildlife Conservation Society / Projeto Sauim-de-Coleira); Rosana Junqueira Subirá (Prefeitura Municipal de Manaus); Renata Bocorny de Azevedo e Júlio César Bicca-Marques (PUC/RS). Passado: Sílvia G. Egler; Marcelo Derzi Vidal.

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

terça-feira, outubro 25, 2011

Memorial Madeira Mamoré Part.2

Vagões da Maria Fumaça

Mercado Central em frente ao Memorial

Entrada do M. Madeira Mamoré

Antiga máquina de escrever, exposta no Museu Madeira-Mamoré 

Saída do Museu M. M.

Imagens expostas no Museu

Pessoas que participaram da construção da ferrovia

Antiga estante cheia de artigos usados na época da construção
da cidade

Memorial M. M.

Memorial M.M.

Interior de um dos vagões do trem

Memorial M.M.

Curva do Rio Madeira