Acidente próximo ao Delta do Rio Níger é o pior desde 1998, diz governo.
Companhia anglo-holandesa Shell diz que derramamento foi contido.
Imagem divulgada pela agência Associated Press nesta terça-feira (27) mostra uma mancha de petróleo nas proximidades do Delta do Rio Níger, na Nigéria, na última segunda-feira (26).
De acordo com a empresa anglo-holandesa Shell, o vazamento de petróleo na costa do país foi amplamente contido.
Cerca de 40 mil barris de petróleo escaparam para o Oceano Atlântico no último dia 20 durante uma operação de rotina para transferir petróleo de uma plataforma FPSO (unidade que produz, armazena e transfere óleo e gás) para um petroleiro. Para efeito de comparação, no recente acidente da Chevron, na Bacia de Campos, a polícia trabalha com a possibilidade de que até 3 mil barris tenham sido derramados.
A companhia informou que funcionários notaram que houve o derrame apenas quando amanheceu, provavelmente horas após o início do acidente ambiental. De acordo com autoridades do país, é o pior acidente envolvendo exploração de petróleo desde 1998.
Imagem divulgada nesta terça-feira (27) mostra uma mancha de petróleo nas proximidades do Delta do Rio Níger, na Nigéria, na última segunda-feira (26). De acordo com a empresa anglo-holandesa Shell, o vazamento de petróleo na costa do país foi "amplamente dispersado". (Foto: Sunday Alamba/AP)
Histórico
A Nigéria tem um longo histórico de problemas ambientais por causa da exploração petrolífera. Em agosto, um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) afirmou que a região habitada pelo povo ogoni, no Delta do Rio Níger, foi poluído por petróleo durante 50 anos e precisará da maior limpeza de óleo já empreendida na história, a um custo de US$ 1 bilhão, e que pode demorar até 30 anos para ser executada.
A petrolífera Shell era a maior operadora em Ogoniland até ser forçada a sair pelas comunidades locais, em 1993. Seus oleodutos e outras infraestruturas, no entanto, permanecem e continuam a causar derrames e sofrer ataques de sabotagem. Na ocasião da divulgação do relatório, a Shell assumiu a responsabilidade por dois vazamentos na região ocorridos em 2008 e 2009.
O Pnuma afirmou que a água potável em algumas áreas foi contaminada tão gravemente que precisaria de ação de emergência imediata. O levantamento foi feito ao longo de um período de 14 meses, com visitas a 122 km de oleodutos e a revisão de mais de 5 mil registros médicos, envolvendo mais de 23.000 pessoas em reuniões locais.
O relatório, financiado pela própria Shell, foi o estudo científico mais detalhado já feito de qualquer área do Delta do Níger, coração da indústria de petróleo da África. O delta é a terceira maior área pantanosa do mundo, e tem grande biodiversidade em seus mangues e cursos d’água. Mas a exploração petrolífera a transformou numa das zonas de pior poluição por óleo no mundo. Já são mais de 6.800 vazamentos registrados, com até 13 milhões de barris derramados, de acordo com ambientalistas.
A Shell tem dito que os derramamentos de óleo no Delta do Níger são, em maioria, causados por roubo de petróleo e ataques de sabotagem, mas promete que limpará a área, qualquer que seja a causa.
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Fonte: Redemet Dados de AeroportosAtualizado: 29/12/2011 09h00ND-Não disponível *Pressão Reduzida ao Nível Médio do Mar
Fonte: Do Globo Natureza, em São Paulo
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