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O cuidado com filhotes de peixes-boi-da-Amazônia (Trichechus inunguis) em cativeiro pode ganhar um novo impulso com a criação de um equipamento que evita o contato dos animais com humanos, acelerando a reabilitação mamíferos aquáticos para retornar à natureza.
O que era apenas um experimento do veterinário Augusto Bôaviagem, se tornou instrumento indispensável no tratamento da espécie. Ele desenvolveu uma “mamadeira subaquática”, equipamento colocado em uma haste e mergulhado em tanques com os animais, fornecendo fórmula láctea a filhotes de peixe-boi ainda em fase de amamentação que foram encontrados abandonados.
Integrante do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, de Tefé (AM), Bôaviagem percebeu que os exemplares da espécie amazônica eram arredios e viu que os profissionais que trabalham na reabilitação deles tinham muita dificuldade em tratá-los.
“Eles são muito resistentes aos seres humanos e não conseguem usar a mamadeira. Nestes casos, são implantadas sondas para evitar a inanição, mas isto não é aconselhável”, disse.
O motivo deste comportamento é devido à caça predatória que a espécie sofre na Amazônia. “O filhote presencia a mãe sendo morta pelo caçador e fica traumatizado. Quando vai para a reabilitação, e entra em contato novamente com humanos, ele não sabe se isso será bom ou ruim. Esta adaptação demora”, afirma.
Novo tipo de mamadeira facilita alimentação de filhotes de peixe-boi e evita contato de animais com humanos (Foto: Divulgação)
Cobaia
O método já utilizado com exemplares de peixe-boi-marinho (Trichechus manatus) em centros de animais localizados na Paraíba, Alagoas, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O equipamento despertou o interesse de pesquisadores internacionais devido à redução do contato com humanos.
“O mínimo de contato deve ocorrer durante os processos de reabilitação, que duram cerca de três anos. Em média, cada filhote recebe cinco mamadeiras diárias. Se a cada refeição o tratador evitar o contato, é possível evitar também risco de transmissão de doenças para os espécimes”, afirma o veterinário.
Caça
Segundo Isabel Reis, bióloga da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), de Manaus (AM), em 2011 o número de exemplares de peixe-boi-da-Amazônia resgatados aumentou se comparado com o ano anterior.
Foram 15, sendo que dois não sobreviveram. Em 2010 foram 13, com duas mortes. A maioria dos casos ocorreu durante o período de forte estiagem na Amazônia, entre os meses de maio e outubro, quando o nível dos rios diminui e facilita a aparição de animais.
“Mas temos que levar em conta que o aumento de ocorrências se deve também a maior conscientização da população. Existem mais denúncias de crimes ambientais. A caça continua acontecendo, mas a cultura de que isto é proibido tem se intensificado mais na região”, afirma.
O peixe-boi-da-Amazônia é considerado ameaçado de extinção devido à caça ilegal. Sua carne é utilizada para o consumo, mesmo com leis proibitivas. O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) abriga na capital do Amazonas o Laboratório de Mamíferos Aquáticos que atualmente trabalha na reabilitação de 52 animais.
Somente neste ano foram 15 filhotes de peixe-boi foram resgatados pela Ampa no Amazonas. Na foto, é feita a alimentação com o método tradicional. (Foto: Divulgação/Assessoria Ampa)
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