quarta-feira, agosto 31, 2011

Guariba

Alouatta belzebul ululata Elliot, 1912


NOME POPULAR: Guariba (CE, PI, MA); Capelão (CE, PI)
SINONÍMIAS: Alouatta belzebul por Groves (2001)
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Primates
FAMÍLIA: Atelidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
Anexos da CITES: Anexo II
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): CR
Brasil (Biodiversitas, 2002): CR – C1 + 2a(i)

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Alouatta belzebul ululata é uma das três subespécies reconhecidas de Alouatta belzebul, embora acentuadas características morfológicas e biológicas levem Gregorin (1996) a considerá-la uma espécie válida. Entre essas características, a mais marcante é o dicromatismo sexual: os machos freqüentemente são negros, com as extremidades dos membros, cauda e parte do dorso em tom ruivo e a lateral com pêlos dourados; a coloração das fêmeas é, na maioria das vezes, pardo-amarelada, com uma tonalidade olivácea (Gregorin, 1996). Alouatta belzebul ululata habita em geral áreas de vegetação aberta de transição, com alta freqüência de babaçu (Gregorim, op. cit.), tendo sido encontrado em áreas de floresta ombrófila aberta e floresta estacional semidecidual em meio à Caatinga, no Ceará (Oliveira et al., submetido), e até mesmo em vegetação de mangue, no Piauí e no Maranhão (Oliveira et al., dados não publicados). Como os demais taxa do gênero, tem uma dieta basicamente folívoro-frugívora (Langguth et al., 1987; Chivers & Santamaría, 2004), o que o torna um animal pouco ativo, de movimentos lentos, passando mais de 70% de seu tempo em descanso (Queiroz, 1995). Tais características favorecem a caça, tendo sido registrada em algumas áreas uma aparente predileção por esses animais (Oliveira et al., submetido).

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Bonvicino et al. (1989), Gregorin (1996) e Hirsch et al. (1991) indicam sua ocorrência para o norte dos Estados do Maranhão e Ceará, incluindo o norte do Piauí, estendendo-se desde o município de Humberto de Campos (MA), a oeste, até São Benedito (CE), a leste. Sua distribuição mais ao sul é considerada por Gregorin (op. cit.) a região de transição entre as florestas de babaçu e a Floresta Amazônica. Von Ihering (1914) indicou a ocorrência de A. b. ululata até o rio São Francisco, com populações distribuídas ao longo da Mata Atlântica entre os Estados do Rio Grande do Norte e Alagoas. Essas populações são reconhecidas como A. b. ululata, táxon endêmico ao Nordeste brasileiro, cuja distribuição atual estende-se do norte do Maranhão, a partir do município de Humberto de Campos, até o noroeste do Ceará (Guedes et al., 2000; Gregorin, 2006), na região da serra da Ibiapaba, tendo como área de ocorrência mais a leste o município de Coreaú (Oliveira et al., submetido). No Piauí, sua ocorrência foi confirmada nos municípios de Ilha Grande do Piauí, Caxingó, Campo Maior e Jatobá do Piauí (Oliveira et al., dados não publicados), este último representando a área de ocorrência mais ao sul. 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  Não há registros de populações de A. b. ululata em Unidades de Conservação de Proteção Integral, mas é quase certa a sua ocorrência no PARNA de Ubajara (CE), que desempenha um importante papel para a conservação das populações que habitam a estreita faixa de mata da face leste da Serra da Ibiapaba (CE). Populações de A. b. ululata ocorrem na APA Federal da Serra da Ibiapaba (CE/PI), na APA Federal do Delta do Parnaíba (CE/PI/MA) e na RESEX Marinha do Delta do Parnaíba (PI/MA). 

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  Habitando uma área restrita, com longo histórico de ocupação humana, as populações de A. b. ululatasofrem com a redução e fragmentação de seu hábitat. A caça, porém, pode estar representando um papel preponderante no processo de extinção da espécie, como já alertado por Coimbra-Filho et al. (1995). Em algumas localidades na serra da Ibiapaba, parece existir uma caça preferencial por esses animais (Oliveira et al., submetido). No município de Cocal (PI), as últimas populações de A. b. ululata estão condenadas a desaparecer muito brevemente, vitimadas pela caça. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  É importante a localização e o mapeamento das populações remanescentes da espécie, assim como a avaliação sobre a situação de ameaça em cada localidade. A fiscalização contra a caça é a principal estratégia de ação para a maioria das localidades, especialmente ao longo da serra da Ibiapaba (CE). Em áreas muito fragmentadas, como as matas remanescentes no vale do rio Longá (PI), a criação de um conjunto de Unidades de Conservação é necessária para uma ação mais efetiva contra a caça, envolvendo principalmente as áreas de mata das fazendas desapropriadas para reforma agrária, tanto pelo governo federal quanto pelo governo estadual. A restrição ao uso e ocupação dos morros ainda com vegetação natural é suficiente para a proteção das populações que estão em meio à Caatinga na Área de Proteção Ambiental da Serra da Ibiapaba. As populações que habitam a Área de Proteção Ambiental da Foz do Rio Parnaíba e a Reserva Extrativista da Foz do Rio Parnaíba (PI/MA) estão aparentemente protegidas, embora as duas Unidades de Conservação não sejam diretamente voltadas para a proteção de espécies ameaçadas. A revisão taxonômica desta espécie é necessária e pode trazer fortes implicações para a sua conservação.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  O CPB/IBAMA vem realizando o mapeamento das áreas de ocorrência de A. b. ululata nos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão, para definição e implementação de medidas de conservação da espécie.

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

terça-feira, agosto 30, 2011

Ruas e Avenidas de PVH capital de Rondônia

Avenida Guaporé, bairro Aponiã.

Rua Joaquim Araújo Lima, bairro Olaria.

Árvore localizada na rua Hebert de Azevedo,bairro Olaria, que chama a atenção
pelo seu tamanho e sua sazonalidade.

Compare agora a árvore com os portes de luz próximos ao seu tronco.

Avenida Governador Jorge Teixeira, bairro Liberdade.

Avenida Governador Jorge Teixeira, bairro Embratel.

Este é um dos prédios que estão sendo construídos e que estão
verticalizando as moradias de Porto Velho. 


Avenida Campo Sales, bairro Olaria.

As Três Caixas D'Água


  
As três caixas d'água, vindas em módulos metálicos dos Estados Unidos, foram montadas onde hoje se dá o cruzamento das ruas Carlos Gomes e Rogério Weber, na atual praça do mesmo nome, que atinge pelo lado oeste a rua Euclides da Cunha.
  A primeira foi erguida em 1910 e as outras duas em 1912. Foram projetadas e construídas pela Chicago Bridge & Iron Works, de Chicago conforme informações contidas em placa de ferro fundido, cravadas nas pilastras de cada uma delas.
  São três tanques de forma cilíndrica, cobertos com chapas de metal de forma cônica, e a base em formato côncavo. Cada tanque está elevado do chão por quatro colunas de ferro feitas em treliça sobre fundação de concreto. Estão circundados à altura do bojo, por uma passarela com parapeito metálico de treliça por onde se chega através de uma escada.
    Cada reservatório possui capacidade para 200.000 litros e serviram para abastecer a cidade de Porto Velho até o ano de 1957, funcionando por ação da gravidade.
  •  O prédio das oficinas

  Entre as construções do complexo ferroviário a de maior tamanho e complexidade, sem dúvida é o prédio das oficinas. Foi construída entre 1908 e 1912 e abrigava a parte de mecânica, fundição, carpintaria, pintura, serraria, funilaria e depósito, e tinha como função os reparos do material rodante da ferrovia atendendo, também a comunidade com reparos de motores e fundição de peças.

  Uma das peças que chama a atenção, na entrada da oficina, é o girador ou rotunda que servia para direcionar as máquinas e carros para o local de conserto, dentro da oficina. Funcionou até 1972, sendo depois soterrado. Atualmente encontra-se à disposição da visitação pública totalmente recuperado.
  • Os armazéns de carga e descarga

    Existem dois armazéns de carga e descarga, erguidos à margem do rio Madeira, medindo 50 x 20m cada um, cobertos e fechados lateralmente por chapas de zinco galvanizado e piso de concreto. O primeiro, de nº 1, foi construído em 1912, e o segundo, de nº 2, em 1943, para dar respaldo a intensificação da produção de borracha durante a 2ª Guerra Mundial.

    Foram projetados e pré-fabricados nos Estados Unidos e usados com depósitos para armazenar as mercadorias que abasteciam os seringais e para abrigar a produção extrativista que eram embarcadas para fora da região. Hoje o Armazém nº 1 é utilizado para acomodar o acervo do Museu Ferroviário.
  • A estação de Porto Velho

    A estação nº 1, em Porto Velho, foi construída junto com a ferrovia e foi inaugurada, também, em 1912 e destinava-se à venda de passagens, de embarque e desembarque de passageiros, para despacho de documentos e comunicação.
    Foi construída em alvenaria de tijolos aparentes e sem furos, com janelas de madeira e vidros, coberta com telhas de barro, do tipo francesa, avarandada em todos os lados e onde foram utilizados trilhos na sustentação.
    Após a reativação foi utilizada como Museu Ferroviário e, posteriormente o acervo foi transferido depois para o Armazém nº 1.

segunda-feira, agosto 29, 2011

Floresta Nacional do Bom Futuro- RO

Área: 249.000 ha
Municípios que abrange: Porto Velho e Buritis.
Instrumento de criação: Decreto 961. 188 de 21 de junho de 1988.

  • Meio Físico:
  A floresta Nacional do Bom Futuro localiza-se na parte noroeste do estado.  A drenagem que nasce nos limites da unidade de conservação é tributária das bacias do Jamari, através do rio Candeias e do Jaci-Paraná por intermédio do Rio Branco. As feições geomorfológicas que a caracterizam são: Planalto Rebaixado da Amazônia Ocidental e Planalto Dissecado Sul da Amazônia, com altimetria variando de 100 a 300 metros. As categorias de solo mais comum são Latossolo Vermelho Amarelo, o Podzólico Vermelho Amarelo e solos Litólicos.

  • Meio Biótico:
  Situa-se na região zoogeográfica ZZ5. Não existem levantamentos específicos. Cerca de 1% da FlONA perdeu sua vegetação natural(dados de 2002). A vegetação predominante é Floresta Ombrófila Aberta( 84,7%), seguida pela Floresta Ombrófila Densa Submontana(10%), Floresta Ombrófila Aberta das Terras Baixas(2%), Vegetação de Contato Savana Floresta(1,15%), Floresta Ombrófila Aberta Aluvial(0,7%) e Formações Pioneiras Aluviais(0,2%).

  • Situação Atual:
  A FLONA possui uma sede, mas é pouco utilizada devido a carência de pessoal. O chefe da unidade encontra-se lotado em Porto Velho, e o único funcionário reside em Jaci-Paraná. A área possui sérios problemas de invasões de madeireiros e posseiros. O governo do estado com o intuito de sanar o problema mandou muitos homem da força militar do País juntamente com especialistas para a FLONA com o objetivo de retirar os invasores, demarcar os limites da floresta e recuperar a área destruída.

domingo, agosto 28, 2011

Parque Nacional Pacaás Novos- RO

Área: 764.801 ha
Municípios que abrange: São Miguel do Guaporé, Alvorada do Oeste, Mirante da Serra, Gov. Jorge Teixeira, Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Campo Novo.
Instrumento de Criação: Decreto Federal 84.019 de 21 de Setembro de 1979.

  • Meio Físico
  O Parque Nacional Pacaás Novos está localizado na região central do estado. Sua relevância é notada quando se verifica que constitui a nascente dos rios: Cautário, Urupá, São Miguel, Muqui, Jamari, Pacaás Novos, Jaci-Paraná e Candeias, que formam as principais bacias hidrográficas do estado. As unidades geomorfológica de relevo são: Planaltos Residuais do Guaporé, Pediplano Centro Ocidental Brasileiro e planalto dissecado sul da Amazônia. As atitudes mais baixas ocorrem na faixa de 100 metros, as médias em torno de 400 metros e o ponto culminante( o mais alto do estado), o Pico do Tracoá se destaca com 1 230 metros de altitude. Os tipos de solos mais significativos da área do Parque são: Prodzólico Vermelho, Solos Litólicos, Afloramentos Rochosos, Terra roxa estruturada, Areias Quartzosas e Latossolo Vermelho Amarelo.


  • Meio Biótico  
  Abrange as regiões zoogeográficas ZZ5 e ZZ4 mas não há levantamentos detalhados da fauna local. O plano de manejo do Parque indica a presença de uma fauna diversificada, ressaltando-se uma grande variedade de aves, incluindo algumas características de cerrado. Devido ás condições de relevo e vegetação é alta a probabilidade de ocorrência de especies endêmicas do parque, o que poderá ser comprovado por estudos futuros. 

  O parque apresenta um verdadeiro mosaico vegetacional devido as suas características de relevo, com formações de savana nas partes mais altas e áreas de florestas nas encostas mais baixas, além de formação de transição entre ambas. A vegetação dominante é a floresta ombrófila aberta submontana( 46% do parque), seguindo por vegetação de contato Savana/Floresta Ombrófila(18,3% do parque), Savana Arborizada(8,8%), Savana Densa(8,05%), Savana Parque(7,8%) e extensões limitadas de Floresta Ombrófila Densa Submontana(6%), Savana Gramíneo-Lenhosa(1,6%), Florestas Ombrófilas Densas Aluviais(0,81%), Floresta Ombrófila Aberta co Bambus( 0,36%) e as áreas de Vegetação Pioneira Aluvial(0,08%). Cerca de 2% da área total do parque encontram-se alteradas por ação humana.
  • Situação atual
  Houve problemas de invasão da área do parque, no município de São Miguel do Guaporé, por onde há acesso a área protegida a linha 82. Foram constatados vários desmatamentos na área, além de retirada de madeira. A área foi desintrusada pelo IBAMA em 1997. No entanto ainda ocorre roubo de madeira e palmito.
  O Parna de Pacaás Novos se encontra sobreposto em áreas indígenas de nome Uru-Eu-Wau-Wau.

sábado, agosto 27, 2011

Aranha-formiga

Ianduba caxixe Bonaldo, 1997

NOME POPULAR: Aranha-formiga
FILO: Arthropoda
CLASSE: Arachnida
ORDEM: Araneae
FAMÍLIA: Corinnidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – B2ab(ii)
  • INFORMAÇÕES GERAIS 
Ianduba caxixe é um corinnídeo de pequeno porte, com comprimento total entre 5,9 e 6,6 mm, colora-ção do marrom ao negro e corpo delgado. A morfologia do corpo das espécies deste gênero assemelhase à de formigas, com as quais são confundidas inúmeras vezes. São animais de solo, vivendo entre o folhiço, com ampla atividade noturna. Sua ocorrência se restringe ao sul da Bahia, em áreas de Mata Atlântica e nas áreas de cultivo de cacau (cabrucas), onde os espécimes conhecidos foram coletados. Apenas dois exemplares da espécie estão depositados em coleção e nenhum deles foi coletado em área de preservação, apenas em fazendas particulares da região. Aparentemente, as espécies deste gênero têm alto grau de endemismo. A fêmea de I. caxixe até hoje não foi descrita.
  • DISTRIBUIÇÃO  GEOGRÁFICA 
  A espécie devia ser comum em toda a região de Camacan, na Bahia, mas não há dados que atestem esses registros. É conhecida apenas para dois pontos isolados na cidade de Camacan, conforme o
trabalho com a descrição original e o catálogo de Araneae. Um desses locais é a fazenda Matiapã, onde foi executado, nos anos de 1970, um grande trabalho de inventário da fauna de artropódes em cacaueiros.
  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
  Desconhecida.
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS
  As principais ameaças à espécie são a alteração ou destruição de seu hábitat, em decorrência do desmatamento. Essa prática está proliferando no sul da Bahia, onde grandes áreas de cabruca estão sendo derrubadas para a instalação de monoculturas, especialmente de mamão, e de pastagens para criação de gado. 
  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO
  Dentre as estratégias para conservação da espécie, recomenda-se um novo inventário das suas áreas de ocorrência e a observação das condições das cabrucas ali existentes. É também necessário que sejam adotadas medidas de recuperação dos habitats degradados na região de Camacan e que se invista em pesquisas científicas, por meio de novos inventários e monitoramento de áreas bem preservadas.
  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 
Alexandre B. Bonaldo (MPEG).

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

sexta-feira, agosto 26, 2011

Praças e avenidas de PVH.

Avenida Guaporé Porto Velho RO

Avenida Guaporé Porto Velho RO

Avenida Guaporé Porto Velho RO.

Praça do Dominó, bairro Aponiã PVH

Praça do Dominó, bairro Aponiã PVH

Praça do Dominó, bairro Aponiã PVH

quinta-feira, agosto 25, 2011

Ruas de Porto Velho


Pôr do Sol na Avenida Guaporé, PVH Rodônia

Pôr do Sol na Avenida dos Imigrantes, PVH Rondônia

Pôr do Sol de agosto na Avenida dos Imigrantes, PVH Rondônia

terça-feira, agosto 23, 2011

Jacarandá


Jacaranda mimosifolia






Nome Botânico: Jacaranda mimosifoliaNomes Populares : Jacarandá, jacarandá-mimoso
Família : Angiospermae – Família Bignoniaceae
Origem: 
Argentina






  • Descrição:


  Árvore de folhas caducas de tronco escuro e rugoso, podendo atingir cerca de 15,0 metros de altura com a copa em forma de domo. As folhas são compostas, bipinadas com folíolos bem pequenos, ovais de cor verde intenso.
As flores são tubulares, azul-violeta, reunidas em grandes inflorescências tipo panícula.  O florescimento ocorre no verão, com a árvore sem folhas. O fruto produzido é uma cápsula lenhosa, de cor cinza escuro com sementes pequenas, achatadas provido de aletas membranosas, facilitando a dispersão das sementes pelo vento. Pode ser cultivada em todo o país.

  • Modo de cultivo:

 Necessita de local ensolarado e solo permeável e bem drenado. Não deve ser plantada em calçadas sem bom espaço para as raízes, pois tende a levantar o calçamento e abalar muros na busca por água e ar. Para plantar a muda, adquirir em viveiros e hortos uma muda bem formada com tutor, pois o tronco estará ereto.  Abrir um buraco maior duas vezes o tamanho do torrão.  Descompactar o fundo e as laterais para que as raízes possam explorar o solo e se fixar melhor. Misturar num balde grande uma quantidade de composto orgânico com adubo animal de gado bem curtido, cerca de 1 a 2 kg/planta. Se usar cama de galinheiro, utilizar somente a metade desta quantidade. Colocar também 100 gramas de farinha de ossos, para provir a planta de fósforo. Misturar bem e colocar uma parte no fundo do buraco. Cortar o vaso ou balde de cultivo da planta e retirar o torrão com cuidado. Acomodar a muda no buraco com o tutor junto, acrescentar a mistura nas laterais e regar bem. Fazer ao redor da muda um camalhão de terra, em forma de bacia. Regar todos os dias até uns 10 ou 15 dias após o plantio, se não houver chuvas.

segunda-feira, agosto 22, 2011

Lagartinho-de-abaeté


Cnemidophorus abaetensis Dias, Rocha & Vrcibradic, 2002


NOME POPULAR: Lagartinho-de-abaeté
SINONÍMIAS: Até a sua descrição formal, a espécie era tratada  
como sendo Cnemidophorus ocellifer
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Teiidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – B1b(i)c(i) + 2b(ii)c(ii)

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Cnemidophorus abaetensis habita o ambiente de restingas, em areia ou em vegetação herbáceo-arbustiva, preferencialmente onde a serrapilheira é abundante, podendo também ocupar as bordas de matas de restinga. Geralmente, abriga-se em tocas que escava na areia, junto à vegetação. Possui atividade diurna, saindo do abrigo por volta das 7h30 da manhã. A espécie tem o máximo de atividade entre 10h e 11h e permanece ativa até por volta de 13h-14h, quando retorna à toca, encerrando a sua atividade diária. Cnemidophorus abaetensis é um lagarto heliotérmico, cuja temperatura corpórea média é de cerca de 37º C nos meses de verão. Pouco se conhece sobre a biologia da espécie durante os meses de inverno, pois nesse período é raramente vista no ambiente. É um lagarto primariamente insetívoro, alimentando-se principalmente de larvas de lepidópteros, de aranhas e cupins. Além desses itens, a espécie alimenta-se também de frutos, principalmente o murici (Brysonima microphyla), e de outros lagartos de tamanho inferior, como Coledactylus meridionalis e jovens de Tropidurus hygomi. Não há diferenças entre os machos e as fêmeas desta espécie, seja em tamanho do corpo ou da cabeça ou na coloração. É uma espécie que tem reprodução contínua durante todo o ano, com ninhadas que variam de um a dois ovos. Como todos os lagartos que vivem em ecossistemas de restingas, C. abaetensis é relativamente sensível às alterações em seu hábitat provocadas pela ação humana. São lagartos que necessitam de condições específicas de temperatura e de alimento; portanto, mudanças nessas condições podem levar a seu declínio ou mesmo à sua extinção local. 

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Como a descrição da espécie é recente (2002), a sua distribuição no passado não é conhecida. Atualmente, a espécie ocorre desde a região de Salvador (BA) até a região de divisa da Bahia com Sergipe, ao longo de aproximadamente 400 km da costa brasileira. Vive apenas nos habitats de restinga, não ocorrendo nas porções interiores, o que torna a sua ocorrência restrita a uma faixa de vegetação de restinga relativamente estreita. 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  Desconhecida.

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  A principal ameaça é a contínua perturbação e fragmentação do hábitat de C. abaetensis, o que vem reduzindo as populações da espécie. Em áreas como a restinga de Abaeté (onde a espécie foi descrita), a ocupação e a construção de vias destruíram grande parte de sua área de ocorrência.

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A principal estratégia para a conservação de  C. abaetensis é a proteção de porções de seu hábitat, mediante a criação de Unidades de Conservação. Também seriam importantes programas de recuperação do hábitat da espécie ao longo de toda a sua área de distribuição. Nas áreas em que a espécie está sob risco de ser erradicada (restinga de Abaeté), é fortemente recomendável que, após a recuperação do hábitat, seja feito um programa de monitoramento da espécie, de forma a acompanhar a evolução do tamanho populacional. São importantes, ainda, pesquisas adicionais sobre a biologia da espécie e programas de educação ambiental, visando a conscientização sobre a importância de sua preservação e de seus habitats. Chama-se a atenção de que parte dos dados disponibilizados no presente capítulo foram obtidos de um projeto direcionado à espécie, subvencionado com recursos da Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, além de um segundo projeto financiado pelo Fundo de Parcerias para Ecossistemas Críticos (CEPF), coordenado pela Aliança para Conservação da Mata Atlântica, uma parceria entre a Conservação Internacional do Brasil e a Fundação SOS Mata Atlântica.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

Carlos Frederico Duarte Rocha, Eduardo José dos Reis Dias e Vanderlaine Amaral de Menezes (IB/UERJ). 

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

sábado, agosto 20, 2011

Inhambu-carapé


Taoniscus nanus (Temminck, 1815) 


NOME POPULAR: Inhambu-carapé
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Tinamiformes
FAMÍLIA: Tinamidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: MG (VU); SP (PEx); PR (RE)


CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2c

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Taoniscus nanus é a menor espécie da família Tinamidae, medindo cerca de 16 cm de comprimento total, sendo considerado também um dos tinamídeos menos conhecidos. Como os outros representantes da família, possui plumagem discreta e críptica. É de difícil detecção em campo e vive solitário ou aos pares. Vive no solo e alimenta-se principalmente de sementes de gramíneas. Canta principalmente ao amanhecer e ao crepúsculo e sua vocalização lembra a de um grilo. Inconspícuo, pode passar despercebido e pode ter sido menos raro do que aparentava. O pouco que se sabe sobre sua reprodução vem de relatos de cativeiro. O ninho é feito no solo e apresenta uma cobertura esférica feita de ramos de gramíneas. A postura é de três ovos, que possuem casca de cor ardósia-escura e são incubados apenas pelo macho. Os indivíduos desta espécie apresentam duas fases distintas de plumagem, uma ferrugínea e outra cinza-escura. O conhecimento da vocalização desta espécie é uma ferramenta fundamental para a sua detecção em campo.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Cerrados e campos entre os Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Ocorria também na Argentina e no Paraguai. Extinto em boa parte de sua distribuição original. Encontrado em poucas localidades, a maioria delas em Unidades de Conservação, nos Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais. 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PE do Jalapão e PARNA da Chapada dos Veadeiros (GO); PARNA da Serra da Canastra (MG); PARNA das Emas (GO); PE de Itapetininga (SP). 

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  A principal ameaça às populações de Taoniscus nanus é a perda de hábitat. Boa parte do Cerrado, especialmente os campos cerrados, já foi completamente descaracterizada ou desapareceu para dar lugar a pastagens e culturas agrícolas, especialmente de soja e algodão. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  É importante a procura por novas populações. A utilização da vocalização desta espécie é uma ferramenta importante para a sua detecção. Proteção das Unidades de Conservação onde a espécie ainda ocorre. Estudos sobre a sua história natural são desejáveis, bem como o estabelecimento de um núcleo de criação em cativeiro como forma de se produzir exemplares para futuros projetos de reintrodução.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Valter José da Silveira (UnB); Roberto Azeredo (Fundação Crax); Luís Fábio Silveira (USP); Robson Silva e Silva (Pesquisador autônomo).


Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

sexta-feira, agosto 19, 2011

A palmeira Camedórea


Chamaedorea elegans



Nome Técnico:
Chamaedorea elegans 
Nomes Populares :Camedórea, camedoria
Família : Família Arecaceae
Origem:América Central




Descrição:
  Palmeira de pequeno porte não ultrapassando 3,0 m de altura, tem pequeno diâmetro de copa em torno de 1,5 m.

   As folhas são compostas de folíolos em cor verde claro a escuro de 20 cm de comprimento e as folhas são pequenas com até o,90 m de comprimento. É uma palmeira dióica, isto é, encontramos uma palmeira somente com flores femininas e outra de flores masculinas. As flores são bem pequenas de cor amarela e os frutos que as seguem são pequenos, globosos e escuros quando amadurecem.

  • Técnica de Cultivo:

  Aprecia locais à meia sombra e o sol forte tende a queimar as folhas. É espontânea dentro de matas nos países de origem onde o ar é mais úmido. Pode ser cultivada no solo ou em vasos o que a torna atraente para cultivo em interiores bem iluminados. Escolher o vaso de tamanho grande, com boca larga.  Preencher o fundo com brita ou pedriscos, colocar uma camada de areia úmida e o substrato.
  O substrato deve ser leve e solto, mistura de composto orgânico completo de folhas ou composto de folhas com adubo organo-mineral. Colocar o substrato, o torrão com a planta e completar com composto orgânico.

   Não use adubo animal para cultivo de plantas em interiores . Regar a seguir.

  Poderá fazer a reposição de nutrientes, uma vez por ano. Pode usar adubo granulado formulação 10-10-10, cerca de 1 colher de sopa para 1 litro de água, bem dissolvido. 
Regar o substrato com a metade desta medida. Isto garantirá que permaneça com as folhas bonitas
  A camedórea reproduz-se por sementes, que devem ser semeadas em substrato leve e poroso, como a casca de arroz carbonizada, a areia ou a vermiculita, mantido em cultivo protegido. Também a separação dos troncos pode ser feita, levando algum tempo para que a muda se recomponha.

  • Paisagismo e uso decorativo:

É uma das mais charmosas palmeiras para cultivar em casa.

 

  Coloque perto de janelas onde possa receber luz natural ou o sol através de cortinas leves.
Tem folhagem densa, mas o chão do vaso deve receber cascas ou aparas de madeira para melhor acabamento. Também pode ser cultivada em sacadas onde o sol incida somente pela manhã, evitando o sol da tarde que poderá queimar as folhas.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha

Melanophryniscus macrogranulosus Braun, 1973 

NOME POPULAR: Sapinho-narigudo-de-barriga-vermelha (RS)
FILO: Chordata
CLASSE: Amphibia
ORDEM: Anura
FAMÍLIA: Bufonidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: RS (VU)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): CR – B2ab(ii)c(ii)

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Melanophryniscus macrogranulosus até recentemente era conhecida apenas da série-tipo e ainda não há, até os dias atuais, informações que possam auxiliar ou orientar medidas conservacionistas para a espécie. Com o encontro de um exemplar juvenil da espécie, Escobar et al., (2004) registraram a coloração do exemplar (dorso verde-escuro com grandes manchas vermelhas no ventre) e aumentaram sua distribuição geográfica, mas não obtiveram dados biológicos para a espécie. A julgar pelos hábitos do gênero, M. macrogranulosus deve apresentar hábitos reprodutivos explosivos e localizados, que devem ocorrer em períodos de intensa chuva, com reprodução em pequenos alagados temporários de áreas abertas. A área de distribuição presumida da espécie indica que suas populações devam ocorrer na base da encosta da Serra Geral, no Estado do Rio Grande do Sul, em altitudes de 20 a 600 m, em clareiras ou nas bordas das formações florestais da Mata Atlântica. Essa distribuição, no entanto, pode estar subestimada.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  A espécie era conhecida apenas da série-tipo, uma área de Mata Atlântica localizada no município de Torres, Rio Grande do Sul. Com a emancipação do município Dom Pedro de Alcântara em 1997, antes pertencente a Torres, pairaram dúvidas sobre a exata localização da espécie (Garcia & Vinciprova, 2003). A localidade-tipo da espécie foi corrigida recentemente (Escobar et al., 2004) para Morro da Gruta, município de Dom Pedro de Alcântara e, com base em um exemplar juvenil, uma nova localidade foi acrescida à distribuição da espécie: Barra do Ouro, município de Maquiné, RS. Ambas as localidades estão compreendidas no bioma Mata Atlântica do Estado do Rio Grande do Sul. 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  A presença em UCs é desconhecida. No entanto, baseado na área de distribuição conhecida para a espécie, é possível que populações possam ser encontradas nas seguintes Unidades de Conservação: PE de Itapeva, REBIO da Serra Geral e REBIO Estadual Mata Paludosa (RS).

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  A principal ameaça à espécie é a falta de conhecimento atual sobre as populações existentes. O fato de ser uma espécie endêmica e de sua distribuição presumida ocorrer em área de intensa pressão antrópica, principalmente agropecuária e imobiliária, coloca a espécie como o anuro mais ameaçado do Estado do Rio Grande do Sul. As principais ameaças pontuais são perda, descaracterização e fragmentação de habitats, aceleradas por criação de animais domésticos, práticas agrícolas e reflorestamentos, construção e ampliação de estradas, crescimento das cidades e especulação imobiliária. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  A principal estratégia para a conservação da espécie é, sem dúvida, a pesquisa científica. É preciso urgentemente localizar as populações existentes, identificando sua real área de distribuição, sua biologia e sua estrutura populacional. Sem estas informações, qualquer proposta de conservação torna-se inócua. 

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Não há pesquisadores específicos ou grupos de pesquisa que tenham trabalhado ou estejam trabalhando com a espécie. É necessário o desenvolvimento de estratégias de incentivo à pesquisa da espécie.

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.

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