Taoniscus nanus (Temminck, 1815)
NOME POPULAR: Inhambu-carapé
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Tinamiformes
FAMÍLIA: Tinamidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: MG (VU); SP (PEx); PR (RE)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2c
- INFORMAÇÕES GERAIS
Taoniscus nanus é a menor espécie da família Tinamidae, medindo cerca de 16 cm de comprimento total, sendo considerado também um dos tinamídeos menos conhecidos. Como os outros representantes da família, possui plumagem discreta e críptica. É de difícil detecção em campo e vive solitário ou aos pares. Vive no solo e alimenta-se principalmente de sementes de gramíneas. Canta principalmente ao amanhecer e ao crepúsculo e sua vocalização lembra a de um grilo. Inconspícuo, pode passar despercebido e pode ter sido menos raro do que aparentava. O pouco que se sabe sobre sua reprodução vem de relatos de cativeiro. O ninho é feito no solo e apresenta uma cobertura esférica feita de ramos de gramíneas. A postura é de três ovos, que possuem casca de cor ardósia-escura e são incubados apenas pelo macho. Os indivíduos desta espécie apresentam duas fases distintas de plumagem, uma ferrugínea e outra cinza-escura. O conhecimento da vocalização desta espécie é uma ferramenta fundamental para a sua detecção em campo.
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Cerrados e campos entre os Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Ocorria também na Argentina e no Paraguai. Extinto em boa parte de sua distribuição original. Encontrado em poucas localidades, a maioria delas em Unidades de Conservação, nos Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais.
- PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
PE do Jalapão e PARNA da Chapada dos Veadeiros (GO); PARNA da Serra da Canastra (MG); PARNA das Emas (GO); PE de Itapetininga (SP).
- PRINCIPAIS AMEAÇAS
A principal ameaça às populações de Taoniscus nanus é a perda de hábitat. Boa parte do Cerrado, especialmente os campos cerrados, já foi completamente descaracterizada ou desapareceu para dar lugar a pastagens e culturas agrícolas, especialmente de soja e algodão.
- ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO
É importante a procura por novas populações. A utilização da vocalização desta espécie é uma ferramenta importante para a sua detecção. Proteção das Unidades de Conservação onde a espécie ainda ocorre. Estudos sobre a sua história natural são desejáveis, bem como o estabelecimento de um núcleo de criação em cativeiro como forma de se produzir exemplares para futuros projetos de reintrodução.
- ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO
Valter José da Silveira (UnB); Roberto Azeredo (Fundação Crax); Luís Fábio Silveira (USP); Robson Silva e Silva (Pesquisador autônomo).
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
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