Phoneutria bahiensis Simó & Brescovit, 2001
Provável imagem da espécie |
NOME POPULAR: Armadeira-da-Bahia; Aranha-das-bananas-baiana
FILO: Arthropoda
CLASSE: Arachnida
ORDEM: Araneae
FAMÍLIA: Ctenidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – B2ab(ii)
- INFORMAÇÕES GERAIS
Phoneutria bahiensis tem hábitos noturnos e vive entre os arbustos, folhagens e bromélias nas áreas de mata. Algumas espécies deste gênero tornaram-se comuns na periferia das áreas urbanas, penetrando nas casas, galpões e garagens ou vivendo entre restos de material de construção. As aranhas do gênero Phoneutria estão entre as maiores aranhas da família, sendo as mais agressivas entre o grupo de peçonhentas da região neotropical. Quando adulta, P. bahiensis pode atingir mais de 30 mm de comprimento, sem as pernas. Se perturbada, assume uma postura característica de defesa, levantando os pares de pernas anteriores, sentando o abdômen sobre os pares de pernas posteriores, podendo até saltar sobre a vítima, quando muito irritada. Phoneutria bahiensis é endêmica do sul da Bahia e facilmente reconhecida por apresentar uma densa escópula, um conjunto de cerdas longas e cerradas, na face lateral interna e ventral dos pedipalpos, tanto em adultos como em imaturos (Simó & Brescovit, 2001). Em geral, apresenta corpo marrom-avermelhado, com face dorsal do abdômen mais clara e face ventral marrom-escura, com quatro bandas de pontos brancos longitudinais. As pernas têm cor marrom-avermelhada, apresentando uma mancha branca dorsal distal no metatarso I e II. Até o momento, não foi detectado nenhum caso de acidente com a espécie e todos os exemplares conhecidos foram coletados em áreas preservadas, tanto no interior como na capital do Estado. As aranhas da capital foram amostradas em áreas relativamente bem preservadas, o que pode indicar uma espécie ainda não adaptada ao meio urbano.
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Provavelmente, a espécie se distribuía por todo o sul da Bahia, mas não há registros oficiais na literatura. Phoneutria bahiensis é endêmica do sul da Bahia, com ocorrência restrita às cidades de Ilhéus, Lomanto Júnior, Porto Seguro e Salvador (Simó & Brescovit, 2001). Recentemente, um novo registro para o município de Itapebi, na Bahia, foi publicado por Dias et al. (2005).
- PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Campus do CEPLAC e EE do Pau Brasil (BA). Na área urbana, foram detectados exemplares no Parque Metropolitano da Lagoa de Abaeté-Itapoã e no Parque Metropolitano do Abaeté, ambos na cidade de Salvador (BA).
- PRINCIPAIS AMEAÇAS
Por ser grande e apresentar certa agressividade, a espécie sofre, em primeiro lugar, pelo medo que desperta nas pessoas, o que faz com que seja eliminada assim que é detectada. Outros fatores são a destruição ou alteração dos habitats, com o desmatamento das matas nativas e das cabrucas, onde também aparece. Outro impacto tem sido a urbanização dos habitats, pois parece que a espécie ainda não se adaptou a essa condição.
- ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO
Para proteger a espécie, é necessário investir em educação ambiental junto às populações locais, para que conheçam as espécies de aranha da região. É preciso ainda aumentar a proteção dos habitats, especialmente os relictos de Mata Atlântica no sul da Bahia, além de financiar novos estudos para analisar a distribuição efetiva da espécie e ampliar os estudos sobre sua biologia.
- ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO
Miguel Simó (Facultad de Ciencias de Montevideo, Uruguai); Antonio D. Brescovit (Instituto Butantan); Marcelo Peres (UCSAL).
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
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