segunda-feira, setembro 19, 2011

Tico-tico-de-máscara-negra


Coryphaspiza melanotis (Temminck, 1822)

Provável imagem de espécie
NOME POPULAR: Tico-tico-do-mato; Tico-tico-de-máscara-negra
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Passeriformes
FAMÍLIA: Emberizidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: SP (CR)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2c + 3c

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Coryphaspiza melanotis é um pássaro de ocorrência restrita aos campos naturais no Brasil Central e Amazônia. Este pequeno emberizídeo (cerca de 13 cm de comprimento total) possui a mandíbula amarela bastante vistosa, tem coroa e lados da cabeça na cor preta, com grande faixa superciliar branca, dorso oliva com estriação escura, ventre branco e cauda graduada, sendo a ponta das retrizes externas brancas. Ocorre em campos secos e úmidos cobertos por gramíneas naturais de porte avantajado, entremeadas por árvores de pequeno porte ou pastagens bastante alteradas/queimadas, com muitas arvoretas e arbustos. Provavelmente, se reproduz entre setembro e dezembro. Dados preliminares de E. Krauczuk (com. pess.) para a Reserva Florestal Rincon Santa María, na província de Corrientes, Argentina, revelam registros apenas nos meses de verão (dezembro, janeiro e fevereiro), o que permite especular que algumas populações realizem migrações e deslocamentos, assim como alguns emberizídeos do gênero Sporophila. A ecologia desta espécie é pouco conhecida e mais estudos se fazem necessários.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Interior do Sudeste, Sul e Centro-Oeste brasileiros (DF, GO, MG, SP, MT, MS, PR) e ilha do Marajó (PA). População isolada no sudeste do Estado do Amazonas (Humaitá), provavelmente relacionada às populações da Amazônia boliviana e peruana. Embora citada para o Paraná por Sick (1997), não há, até o momento, qualquer evidência de que ocorra naquele Estado, ainda que registros próximos sugiram sua ocorrência potencial. Reduzida no Brasil Central, sendo que na ilha do Marajó ainda abriga populações numerosas. 


  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PARNA das Emas e PARNA da Chapada dos Veadeiros (GO); PARNA de Brasília (DF); PARNA da Serra da Canastra e PE do Rio Preto (MG); FLONA de Ipanema, EE Estadual de Santa Bárbara e EE de Itirapina (SP).

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  Além da redução de hábitat, queimada de campos e sobrepastoreio, também a invasão de gramíneas exóticas e uso de pesticidas constituem ameaças à espécie. A situação das populações amazônicas nos enclaves de Cerrado pode ser mais delicada ainda, tendo em vista a expansão das atividades agropecuárias. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  Deve ser feito inventário mais detalhado dos enclaves de Cerrado amazônicos entre a ilha do Marajó e a região de Humaitá, nos Estados de Rondônia, Mato Grosso e Pará, demarcando as Unidades de  Conservação nesta região, além do Brasil Central. Estudos ecológicos e de biologia reprodutiva visando a elaboração de um plano de manejo para a espécie também são importantes.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

Alexandre Aleixo (MPEG).

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

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