segunda-feira, janeiro 09, 2012

Estrela-do-mar

Astropecten cingulatus Sladen, 1889 

NOME POPULAR: Estrela-do-mar
SINONÍMIAS: Astropecten jarli Madsen, 1950
FILO: Echinodermata
CLASSE: Asteroidea
ORDEM/CLADO: Paxillosida
FAMÍLIA: Astropectinidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 05/04): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A3c; D2

INFORMAÇÕES GERAIS 

  Astropecten cingulatus é uma estrela-do-mar que possui cinco braços estreitos e longos. As placas marginais superiores são cobertas por grânulos. Os espaços presentes entre as placas possuem espinhos nas bordas. Nas placas marginais inferiores estão presentes três espinhos paralelos ao espaço entre as placas. 
  O espinho do meio é grande, robusto, curva-se levemente na direção do espaço entre as placas. Na superfície dorsal, as placas possuem um longo e pontiagudo espinho e geralmente de um a três espinhos pequenos. As placas orais são pequenas e estreitas, cobertas por espinhos, e possuem conjuntos de espinhos orais. O madreporito é muito pequeno, arredondado, geralmente alcançando até as placas interradiais marginais. Astropecten cingulatus difere das outras espécies do gênero por possuir três espinhos nas placas marginais inferiores, formando a franja ambital. Ocorre em fundos arenosos ou lamosos da região litorânea até 50 m de profundidade (Tommasi, 1970). A taxonomia do gênero Astropecten é muito discutida em razão das muitas variações morfológicas que ocorrem entre as espécies.

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Espécie com distribuição no Atlântico: da Carolina do Norte (EUA) até o Brasil, Argentina, Uruguai, e também na costa oeste africana. 

PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  Pelos limites de sua distribuição, é possível que esta espécie possa ser encontrada em todas as Unidades de Conservação marinhas do país. 

PRINCIPAIS AMEAÇAS

  Por viverem associados a fundos arenosos, são freqüentemente encontrados em redes de pescadores, que vivem da pesca de camarões e peixes bentônicos. Esses espécimes geralmente morrem por dessecação, porque não são devolvidos ao mar. A destruição do hábitat das espécies por erosão do substrato, efeitos poluentes e excesso de turistas e mergulhadores também podem ser fatores determinantes para a extinção da espécie. 

ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  Realização de estudos sobre taxonomia e biologia da espécie, principalmente trabalhos com base em dados de distribuição e abundância. Proteção das Unidades de Conservação. Programas de educação ambiental com pescadores. Aplicação de penas aos infratores de leis ambientais, sobretudo no que diz respeito à coleta predatória. 

ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Carlos Renato Rezende Ventura (MNRJ); Flávio da Costa Fernandes (IEMAPM).

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

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