Astropecten brasiliensis Müller & Troschel, 1842
NOME POPULAR: Estrela-do-mar
SINONÍMIAS: Astropecten riensis Tommasi, 1970
FILO: Echinodermata
CLASSE: Asteroidea
ORDEM/CLADO: Paxillosida
FAMÍLIA: Astropectinidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 05/04): Ameaçada
Estados Brasileiros: não consta
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A3c; D2
- INFORMAÇÕES GERAIS
espinhos por placa marginal inferior (franja). Na região próxima aos sulcos dos braços (adambulacrais), há espinhos arredondados. Astropecten brasiliensis habita fundos arenosos, é incapaz de everter o estômago (digestão intra-oral), possui pés ambulacrais sem ventosas, seu trato digestivo é incompleto (sem ânus) e pode viver em profundidades de até 360 m. É predador generalista e se alimenta de organismos da endofauna bentônica, como bivalves e gastrópodes, principalmente, além de crustáceos, equinodermos e poliquetas. Na região do Cabo Frio (RJ), A. brasiliensis estoca nutrientes no outono e inverno (abril a junho), atinge o pico reprodutivo em novembro e libera os gametas na água em dezembro, coincidindo com o período em que a ressurgência de águas subtropicais é mais freqüente. Como todas as espécies do gênero já estudadas, A. brasiliensis deve desenvolver apenas uma fase larvar plactotró¿ca (bipinária), pois possui ovócitos pequenos (com cerca de 150 micrômetros). Em janeiro, estrelas pequenas (recrutas), com cerca de 1 cm de raio (e idade estimada de um mês), são mais freqüentes na região de Cabo Frio. Estima-se que A.brasiliensis inicie o desenvolvimento gonadal a partir de sete meses de vida, quando possui um raio menor que 5 cm. A longevidade relativa estimada é de cerca de cinco anos. Como a espécie se reproduz uma vez ao ano, estima-se que sejam potencialmente capazes de se reproduzir quatro vezes ao longo de suas vidas. Como todas as espécies que habitam o substrato arenoso-lodoso, as populações de A. brasiliensis sofrem grande impacto de coleta, pois são capturadas em redes de pesca de fundo e, freqüentemente, não resistem aos danos sofridos. O papel ecológico desses asteróides predadores é relevante, pois regulam as densidades populacionais de espécies detritívoras, filtradoras e predadoras da endofauna.
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
1964).
- PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
- PRINCIPAIS AMEAÇAS
- ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO
Realização de pesquisas sobre a taxonomia do grupo, importantes para identificação e obtenção de informações sobre a distribuição geográfica desses animais na costa brasileira. Proteção das Unidades de Conservação. Programas de educação ambiental com pescadores. Aplicação de penas aos infratores de leis ambientais, sobretudo no que diz respeito à coleta predatória.
- ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO
Carlos Renato Rezende Ventura (MNRJ)
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção
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