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sábado, abril 14, 2012

Inteligência humana evoluiu graças a preocupação, diz pesquisa

Ambas características em excesso têm mesma atividade cerebral.
Estudo testou pessoas sadias e com transtorno de ansiedade.

  A preocupação pode ter evoluído junto com a inteligência como uma característica benéfica do ser humano, segundo um estudo liderado por cientistas da Suny Downstate Medical Center, em Nova York, nos Estados Unidos.
  Jeremy Coplan, professor de psiquiatria da Suny Downstate, e seus colegas descobriram que a inteligência elevada e a preocupação excessiva têm relação com o mesmo tipo de atividade cerebral, o que sugere que a inteligência pode ter evoluído a partir da preocupação dos seres humanos.
  "Enquanto a preocupação excessiva é geralmente vista como um traço negativo e a alta inteligência como uma algo positivo, a preocupação pode ajudar a nossa espécie a evitar situações perigosas, independentemente de quão remota seja a possibilidade de isso vir a acontecer," disse Coplan.
  "Em essência, a preocupação pode fazer as pessoas não se arriscarem e terem taxas mais altas de sobrevivência. Assim, como a inteligência, a preocupação pode conferir uma vantagem à espécie", reitera o líder do estudo.
  Na pesquisa, pacientes com transtorno de ansiedade foram comparados a voluntários sadios para avaliar a relação entre quociente de inteligência (QI), preocupação e metabolismo.
  Em um grupo controle de voluntários normais, o QI elevado foi associado a um menor grau de preocupação. Mas em pessoas diagnosticadas com o transtorno, o maior QI foi associado ao maior grau de preocupação. A correlação entre QI e preocupação foi significativa em ambos os grupos.
  No entanto, no primeiro caso, a correlação foi positiva e no último, negativa. Foram avaliados 18 voluntários saudáveis (oito homens e 10 mulheres) e 26 pacientes com o transtorno (12 homens e 14 mulheres).
  Estudos anteriores indicaram que a preocupação excessiva tende a existir tanto em pessoas com inteligência superior e inferior, e pouco menos em pessoas de inteligência moderada. Foi levantada ainda a hipótese de que pessoas com menor inteligência sofrem mais ansiedade, porque alcançam menos sucesso na vida.

Fonte: G1, em São Paulo

sábado, abril 07, 2012

Bebê nasce sem intestinos e sobrevive à espera de transplante

Médicos acreditam que criança romena está viva por 'um milagre'.
Família começa a receber doações para ele ser operado nos EUA.

  Um bebê romeno nasceu praticamente sem os intestinos e sobrevive na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital de Bucareste por um “milagre”, de acordo com a equipe médica que cuida da criança.
  Quando nasceu no Hospital da Criança Marie Curie, onde está internado, Andrei (cujo sobrenome não foi revelado) tinha expectativa de apenas alguns dias de vida. Seus pais são menores de idade e também não tiveram a identidade revelada.
  Hoje, com oito meses, a esperança sobre sua vida aumentou diante de doações recebidas para que ele seja operado nos Estados Unidos. Equipes de médicos de Harvard e Boston teriam se oferecido para operar o bebê.
  Andrei precisa fazer um transplante de intestinos que não é realizado em crianças na Europa.

Bebê Andrei nasceu sem intestinos e espera por operação. Foto foi tirada em 27 de março.
(Foto: Vadim Ghirda/AP)

Fonte: AP

terça-feira, abril 03, 2012

Consumo de soja pode trazer riscos a mulheres com câncer de mama

Grão contém isoflavonoides que imitam a produção de estrogênio no corpo.
Ingestão na fase adulta pode cortar efeito de tratamento com tamoxifeno.

  Mulheres que consomem soja quando adultas e sofrem de câncer de mama correm o risco de se tornar resistentes a um remédio usado no tratamento da doença, segundo estudo publicado nos Estados Unidos nesta segunda-feira (2).
  Um estudo com ratos de laboratório fêmeas mostrou que aquelas alimentadas com soja durante toda a vida responderam bem ao medicamento tamoxifeno, popularmente usado no tratamento do câncer de mama, enquanto as que começaram a comer soja quando adultas e após terem desenvolvido câncer mostraram uma resistência a ele.
  A pesquisa dá indícios das possíveis razões pelas quais o tamoxifeno para de funcionar e permite que os tumores se reproduzam novamente em algumas mulheres, explicaram os cientistas da Universidade Georgetown, que apresentaram suas conclusões em uma conferência em Chicago.
  "Os resultados sugerem que as mulheres ocidentais que consumiram soja quando adultas deveriam deixar de fazê-lo ao ser diagnosticadas com câncer de mama", disse a principal autora do estudo, Leena Hilakivi-Clarke, professora de oncologia em Georgetown.
  A soja contém isoflavonoides que imitam a produção de estrogênio no corpo, só que em níveis muito baixos, e é considerada fonte de proteína saudável, encontrada em comidas como o tofu, o misô, os grãos e o leite de soja.
  Seus benefícios potenciais contra o câncer de mama estão vinculados aos baixos níveis de receptores hormonais positivos vistos em mulheres asiáticas, que vivem em locais onde é comum o consumo de soja.
  Visto que o tamoxifeno é comumente prescrito a pacientes que sofrem de câncer de mama de receptor hormonal positivo, as conclusões do estudo indicam que a adoção de uma dieta rica em soja na fase adulta da vida poderia anular o efeito deste tratamento.
  O estudo foi apresentado no encontro anual da Associação Americana para a Pesquisa do Câncer (AACR, na sigla em inglês).

Fonte: AFP

domingo, abril 01, 2012

Imagem revela como o cérebro é organizado

Registro mostra estrutura tridimensional, como uma grade curvada.
Descoberta desvenda conexão entre todas as partes do cérebro.

  Esqueça aquela ideia de que "o lado direito do cérebro faz assim" e o "lado esquerdo do cérebro faz assado". Um estudo publicado nesta quinta-feira (29) pela revista “Science” mostra que o cérebro humano não tem "lados" nem é isolado na hora de realizar tarefas. Ele é todo interligado e não existem áreas específicas para funções específicas.
  O mesmo padrão de organização foi observado no cérebro humano e também no de macacos. Segundo os pesquisadores, os sinais que correm pelo cérebro se ordenam em uma estrutura tridimensional, como uma "grade curvada". Em resumo, o cérebro não é um emaranhado de fios separados, mas uma rede interligada.

Cérebro visto como uma grade curvada, em imagem feita por estudo publicado nesta quinta (29) (Foto: MCH-UCLA Human Connectome Project)

  “A velha imagem do cérebro como um emaranhado com milhares de fios separados e desconectados não fazia sentido do ponto de vista evolutivo”, afirmou Van Wedeen, autor do estudo, em material de divulgação do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, onde ele trabalha.
  “Como a seleção natural levaria cada um destes fios a configurações mais eficientes e vantajosas? A grande simplicidade desta estrutura em grade é o motivo pelo qual ele [o cérebro] consegue acomodar as mudanças aleatórias e graduais da evolução”, concluiu o pesquisador.

Fonte: G1, em São Paulo

segunda-feira, março 26, 2012

Após 7 anos, Saúde estuda incluir fertilização in vitro no SUS em 2012

Medida havia sido aprovada em 2005, mas foi suspensa 4 meses depois.
Grupo de trabalho do Ministério da Saúde analisa impacto financeiro.

  O Ministério da Saúde montou um grupo de trabalho para discutir a inclusão da fertilização in vitro na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) ainda em 2012 -- sete anos depois da primeira portaria que determinava o atendimento para casais que precisassem do procedimento. Se a medida for aprovada, será a primeira vez que o governo federal vai bancar os custos da mais eficiente forma de engravidar para quem tem problemas de fertilidade -- um procedimento que pode custar até R$ 50 mil por tentativa em médicos particulares.
  A fertilização in vitro é uma técnica de reprodução assistida onde óvulo e espermatozoide são fecundados em laboratório. Depois, o embrião é implantado diretamente no útero na mãe. A técnica tem mais sucesso que a inseminação artificial, mas também é mais cara. Em clínicas particulares, o custo de uma tentativa gira em torno de R$ 15 mil a R$ 20 mil, mas pode ir a R$ 50 mil. A chance de engravidar na primeira tentativa é de 30%, dependendo da idade da mulher.
  O Ministério da Saúde confirmou a intenção de colocar o procedimento na tabela do SUS até o fim do ano, mas não quis dar detalhes sobre como e exatamente quando isso iria acontecer. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, preferiu não comentar a movimentação no Ministério sobre o assunto. Segundo a assessoria de imprensa da pasta, estão sendo discutidos quais seriam os impactos financeiros da medida e onde seria implantado o serviço.
                                                                                            

'Botijão' usado para armazenar embriões congelados (Foto: Divulgação/Programa Alfa Reprodução Assistida)

  No início de março, o Ministério da Saúde anunciou que estava estudando colocar técnicas de "reprodução assistida" no SUS, sem especificar exatamente qual delas. AoG1, a assessoria confirmou que uma das técnicas em estudo é a fertilização in vitro.
  Atualmente, são oferecidos pelo SUS 31 procedimentos de reprodução humana assistida -- a maioria, exames preparatórios para tratamentos mais complexos, como a própria fertilização. 
  A coordenadora do Centro de Ensino e Pesquisa em Reprodução Assistida do Hospital Regional da Asa Sul, de Brasília, Rosaly Rulli, faz parte do grupo de trabalho do Ministério. “Não está sendo discutido nada além da fertilização in vitro. O ministério já tem vários programas para o restante [das áreas da reprodução humana assistida], só a fertilização que não tem”, diz ela.
  “Tivemos a primeira reunião no final de fevereiro. Agora, há outra reunião marcada para abril. Estamos avançando”, conta. O hospital é referência em fertilização in vitro gratuita, com verbas do governo do Distrito Federal.
  A primeira vez que surgiu a possibilidade de colocar a fertilização no SUS foi em março de 2005, quando o Ministério publicou uma portaria que determinava o oferecimento da fertilização pelo SUS a pessoas com dificuldade para ter filhos. Quatro meses depois, ela foi suspensa para a avaliação dos impactos financeiros.
  “A grande dificuldade foi [a falta de] recursos. Esse é um tipo de tratamento que tem um custo elevado. Quando fomos debater a política com estados e municípios, houve um movimento muito forte que pontuou que isso não era prioridade”, lembra o senadorHumberto Costa, que era ministro da Saúde em 2005, quando o programa foi lançado.
  “Hoje há uma demanda cada vez maior da sociedade. Além disso, ao longo destes últimos anos, muitas coisas que eram consideradas prioridades já foram contempladas por recursos da área da saúde. Acredito que hoje não existiria o mesmo tipo de resistência [para a inclusão da fertilização in vitro no SUS]”, opina Costa.

Atualmente, existem pelo menos oito hospitais que realizam a fertilização in vitro de forma gratuita, custeada por secretarias estaduais de saúde e orçamentos próprios de universidades. De acordo com levantamento realizado pelo G1, cada ciclo de fertilização in vitro custa para os cofres públicos entre R$ 2,5 mil e R$ 12 mil, dependendo do hospital onde é realizado.

Hospitais
  Uma das possibilidades para atendimento via SUS é reembolsar esses centros de reprodução assistida que já oferecem fertilização in vitro de forma gratuita. Espalhados por São Paulo, Brasília, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre, pelo menos oito hospitais realizam cerca de duas mil fertilizações por ano – enquanto a iniciativa privada realiza entre 25 e 30 mil, segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida.
  “Estou confiante de que a fertilização in vitro será incluída no SUS este ano. Acredito que o Ministério da Saúde vai repassar estes recursos, para que serviços que já estão estruturados passem a dar vazão à demanda”, afirma Luiz Henrique Gebrim, diretor do Hospital Pérola Byington, em São Paulo, referência nacional na fertilização in vitro na rede pública. O hospital acaba de ampliar a infraestrutura na expectativa de realizar mais procedimentos e também poderia, segundo Gebrim, contribuir com o treinamento de médicos de outros estados.

Onde fazer
  Em alguns dos hospitais que já oferecem a fertilização in vitro na rede pública, todo o tratamento é gratuito. Na maioria, no entanto, o casal precisa custear medicamentos para estimular a ovulação e a maturação dos óvulos. Os gastos variam de R$ 3 a R$ 10 mil, segundo os centros de reprodução assistida que oferecem o serviço.
  Para ter acesso ao tratamento, os casais precisam passar por uma série de exames que verifiquem que a fertilização in vitro é a única opção para ter filhos. O tempo de espera pode ser de anos. Segundo gestores de programas de fertilização ouvidos pelo G1, a inclusão da fertilização in vitro na tabela do SUS possibilitaria a ampliação de vagas e diminuiria o tempo na fila.
  “O Hospital das Clínicas da UFMG há muitos anos se vira para oferecer o tratamento gratuitamente e temos uma fila muito grande. A única forma de aumentar [o número de ciclos de fertilização in vitro] seria com o financiamento do SUS”, diz Francisco de Assis Nunes Pereira, subcoordenador do laboratório de reprodução humana do HC da UFMG.

Veja abaixo informações sobre os hospitais que realizam fertilização in vitro na rede pública.

SÃO PAULO
Centro de Referência em Saúde da Mulher do Hospital Pérola Byington
Ciclos de fertilização realizados por ano: 300
Taxa de sucesso de gestação: 30%
Critérios para entrar na fila de espera: a mulher tem que ter produção de óvulos e o homem produção própria de espermatozóide; a mulher também tem que ter até 35 anos.
Características do atendimento: completamente gratuito.

Hospital Universitário de Ribeirão Preto
Ciclos de fertilização realizados por ano: 450
Taxa de sucesso de gestação: 30%
Critérios para entrar na fila de espera: ter avaliação básica e diagnóstico realizado na rede SUS; idades mais avançadas , pelo fato de ter menor resposta, não são priorizadas, em função da demanda.
Características do atendimento: a fertilização in vitro é gratuita, mas o paciente precisa comprar parte da medicação - o restante é fornecido pelo hospital.

Hospital Universitário da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
Ciclos de fertilizações realizados por ano: 500
Taxa de sucesso de gestação: de 30 a 40%
Critérios para entrar na fila de espera: não há restrição de idade ou local de origem
Características do atendimento: a fertilização in vitro é gratuita, mas o paciente precisa comprar a medicação.

Hospital das Clínicas de São Paulo
Ciclos de fertilizações realizados por ano: 600
Taxa de sucesso de gestação: não informada.
Critérios para entrar na fila de espera: não informados.
Características do atendimento: não informados.

BRASÍLIA
Centro de Reprodução Assistida do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS)
Ciclos de fertilização realizados por ano: 250
Taxa de sucesso de gestação: 32%
Critérios para entrar na fila de espera: encaminhamento de centros de saúde públicos que diagnosticaram necessidade de fertilização in vitro.
Características do atendimento: completamente gratuito.

RECIFE
Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP)
Ciclos de fertilização realizados por ano: 60
Taxa de sucesso de gestação: em torno de 35%
Critérios para entrar na fila de espera: não há restrição de idade ou local de origem; é analisada a reserva ovariana da paciente, ou seja, o que o ovário pode oferecer de óvulos.
Características do atendimento: completamente gratuito.

BELO HORIZONTE
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Ciclos de fertilização realizados por ano: 220
Taxa de sucesso de gestação: de 10 a 50%
Critérios para entrar na fila de espera: encaminhamento da rede de saúde municipal de saúde pública de Belo Horizonte.
Características do atendimento: a fertilização in vitro é gratuita, mas o paciente precisa comprar a medicação.

PORTO ALEGRE
Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Ciclos de fertilização realizados por ano: 250
Taxa de sucesso de gestação: 25 a 30%
Critérios para entrar na fila de espera: ter menos de 35 anos na chegada à fila de espera e não ser portador de doenças virais (hepatite B, C, HIV, HTLV I/II)
Características do atendimento: a fertilização in vitro é gratuita, mas o paciente precisa comprar a medicação.

Hospital Fêmina do Grupo Hospitalar Conceição
Ciclos de fertilização realizados por ano: primeira fertilização está prevista para maio de 2012 e a estimativa é realizar cerca de 120 ciclos por ano.
Critérios para entrar na fila de espera: serão definidos em março.
Características do atendimento: a fertilização in vitro será gratuita e o hospital está buscando formas de viabilizar a gratuidade dos medicamentos.

Fonte: G1, em São Paulo 

terça-feira, março 20, 2012

Paciente com suspeita de doença priônica está internada em Olinda

Desse grupo de doenças faz parte o chamado 'mal da vaca louca'.
Confirmação do caso só pode ser feita depois da morte da paciente.

                                                                                        

Paciente está internada há cerca de dez dias no Hospital do Tricentenario (Foto: Luna Markman/G1)

  Uma paciente suspeita de estar com uma variação da doença priônica, grupo do qual faz parte o chamado “mal da vaca louca”, está internada há cerca de dez dias no Hospital do Tricentenário, em Olinda. De acordo com informações da Secretaria de Saúde de Pernambuco, a doença não é transmissível e não há chance de sobrevivência para a paciente. A confirmação do caso só poderá ser feita após o óbito da senhora de 54 anos, através de exames específicos. Ainda não se sabe como a doença foi contraída pela mulher.
  As doenças priônicas assim são chamadas porque afetam os príons, partículas protéicas responsáveis por atividades como o amadurecimento dos neurônios. A gerente de Agravos Agudos da Secretaria Estadual de Saúde, Nara Melo, explicou que a transmissão dessa doença pode acontecer através de quatro formas distintas: por meio de contaminação cirúrgica, através do consumo de carne bovina de animais contaminados, de forma hereditária e de maneira esporádica.
  “Aqui em Pernambuco, de 2006 até 2011, foram confirmados cinco casos, todos da forma esporádica. Não é pela carne, pela forma hereditária ou por cirurgia. Pesquisas ainda não sabem como acontece essa transmissão, que também é o caso dessa paciente”, falou Nara Melo. Os primeiros exames na paciente, como a análise do sangue, já começaram a ser feitos. Segundo o médico Gil Brasileiro, diretor do Hospital do Tricentenário, uma amostra sanguínea já foi encaminhada para São Paulo, onde passará por investigação.
  O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) divulgou, nesta segunda-feira (19), que a Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Olinda, através da promotora Helena Capela Gomes, expediu recomendação ao diretor do Hospital do Tricentenário para que fossem feitos os exames específicos na paciente. Ainda de acordo com o MPPE, a família dela era contra a realização dos exames, por não aceitar o possível diagnóstico.
  "Inicialmente, a família da senhora estava se recusando a permitir que a parente passasse por exames, principalmente os que são realizados após o óbito. Entretanto, um parente mais consciente procurou o hospital esta semana e autorizou a realização dos procedimentos. O hospital está disponível para realizar todas as recomendações da Justiça", falou Gil Brasileiro. Dentre as medidas que devem ser tomadas após a morte da paciente está a retirada do cérebro para o exame que pode confirmar a doença e a cremação do corpo, para que não entre em contato com a terra.

Fonte: G1 PE 

SUS começa a fazer cirurgia com ajuda de robôs

Procedimento é realizado em pacientes oncológicos no Inca, em São Paulo.
Tipo de operação antes era restrita aos hospitais particulares da capital.

  Por três meses, a promotora de vendas Mônica dos Santos Lima, de 39 anos, sentiu que tinha algo preso na garganta, que a fazia engasgar. Era um tumor nas amígdalas. As opções de tratamento incluíam radioterapia e seus efeitos colaterais ou uma cirurgia radical.
  Mônica não precisou de nada disso. Sentado no canto da sala, o cirurgião Fernando Dias, chefe do Serviço de Cabeça e Pescoço do Inca (Instituto Nacional de Câncer), retirou completamente o tumor sem tocar na paciente. Ele controlou o Da Vinci SI, robô de cirurgia minimamente invasiva. Mônica se tornou a primeira paciente a passar por cirurgia robótica no SUS (Sistema Único de Saúde).
  Esse tipo de operação é realidade no Brasil há quatro anos, mas estava restrita a hospitais particulares de São Paulo (Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Albert Einstein, e Sírio-Libanês). O equipamento, desenvolvido nos Estados Unidos, chegou ao Inca em fevereiro, ao custo de R$ 5 milhões, pagos com recursos de investimento do Ministério da Saúde.
  "A missão do Inca não é apenas adotar novas tecnologias, mas desenvolver conhecimento para que a técnica possa ser ampliada aos pacientes do SUS", afirma o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini.
  O médico controla o robô a distância, numa cabine. Ele manipula uma espécie de joystick e guia os quatro braços do robô.
  No Inca, o aparelho será usado nas cirurgias de urologia, aparelho digestivo, ginecologia e cabeça e pescoço. No futuro, serão feitas cirurgias cardíacas. Santini ressalta que nem todos os pacientes podem se beneficiar da técnica - os médicos prepararão protocolos. Os pacientes operados são tratados com os mesmos cuidados daqueles que entram em protocolo de pesquisa - são informados da nova tecnologia e podem se recusar a passar por cirurgia com a ferramenta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

Fonte: Agência Estado 

sábado, março 17, 2012

Resistência a antibióticos é desafio para medicina, diz OMS

Especialistas alertam que mundo caminha para era 'pós-antibióticos', na qual até um arranhão pode ser fatal.

  A crescente resistência humana a antibióticos poderá fazer com que esses medicamentos não sejam mais eficazes em um futuro próximo, levando o mundo a uma era 'pós-antibióticos', na qual uma simples infecção na garganta ou um arranhão podem ser fatais, diz a OMS (Organização Mundial da Saúde).
  'Uma era pós-antibióticos significa, de fato, o fim da medicina moderna como a conhecemos', diz a diretora-geral da OMS, Margaret Chan.
  Ao falar em um encontro de especialistas em doenças infecciosas realizado nesta semana na Dinamarca, Chan alertou para o desafio que esta nova realidade representa, especialmente para os países em desenvolvimento, que são os principais afetados por essas enfermidades.
  'Muitos países estão incapacitados pela falta de infra-estrutura, incluindo laboratórios, diagnósticos, confirmação de qualidade, capacidade de regulação, monitoramento e controle sobre a obtenção e a utilização de antibióticos', diz Chan.
  'Por exemplo, comprimidos contra malária são vendidos individualmente em mercados locais. Também há abundância de antibióticos falsos ou de baixa qualidade', afirma.

Uso excessivo
  As declarações da diretora da OMS foram feitas em um momento em que diversos grupos americanos de especialistas em doenças infecciosas publicaram um relatório no qual pedem que autoridades de saúde e políticos em todo o mundo aumentem os esforços para melhorar o uso dos antibióticos existentes e promover a investigação de novos medicamentos.
  Especialistas afirmam que a atual resistência das bactérias a antibióticos é causada principalmente pelo mau uso desses remédios e que, muitas vezes, são os próprios médicos que receitam os medicamentos excessivamente.
 Segundo os autores do estudo, entre as medidas para evitar a resistência está o estabelecimento de programas que ajudem os médicos a decidir quando é necessário receitar um antibiótico e qual a melhor opção de tratamento.

Fonte: BBC 

quarta-feira, março 14, 2012

Remédio contra a Aids voltado para crianças será testado no Brasil

Doses e sabores foram adaptados para os pacientes infantis.
Se aprovado, medicamento pode estar disponível em três anos.

  A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) começará a testar em seres humanos um remédio desenvolvido especialmente para tratar a Aids em crianças.
  O medicamento desenvolvido pela Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz (Farmanguinhos) é um antirretroviral, que tem como objetivos suprimir a carga viral, restaurar o sistema imune e, assim, retardar a progressão da doença.
  Os testes terão início ainda no segundo semestre de 2012, em seis centros de pesquisa em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Se eles tiverem sucesso, o remédio estará disponível no mercado em três anos, de acordo com os cientistas dessa instituição pública.
  Os pesquisadores reuniram em um único comprimido os princípios ativos lamivudina, zidovudina e nevirapina, usados normalmente no combate contra a Aids. Ao todo, há 16 substâncias que são usadas nesse tratamento, mas a maioria delas não pode ser aplicada em crianças.
  Esse comprimido contém doses adequadas para crianças e foi adoçado com outros componentes com o objetivo de tornar o sabor mais agradável. Com as mudanças, os cientistas esperam melhorar a adesão dos mais jovens ao tratamento.
  Pelos dados oficiais, entre 1980 e 2010 foram registrados no Brasil 14 mil casos de Aids em crianças menores de 13 anos, que em sua maioria herdaram a doença de suas mães durante a gravidez ou contraíram no momento do parto.

Fonte: G1, com informações da EFE 

Droga contra câncer ativa memória de ratos com Alzheimer, diz pesquisa

Roedores mais velhos receberam droga por apenas três meses.
Descoberta poderia ajudar no tratamento da doença em estágio inicial.

                                                                                             

Setas indicam anomalias em nervos de um rato com Alzheimer, que diminuíram com o uso do remédio contra câncer. (Foto: Divulgação / Zhang, et al. The Journal of Neuroscience 2012.)

  Cientistas americanos afirmaram nesta terça-feira (13) que um remédio contra o câncer melhorou a memória de ratos mais velhos que sofrem de Alzheimer. A descoberta, publicada no periódico "Journal of Neuroscience", representaria um avanço na busca de tratamento a doença.
  Segundo a pesquisa, a droga epotilona, ou EpoD, parece estabilizar microtúbulos que transportam nutrientes nas células nervosas. O rompimento destes túbulos provoca "emaranhados" nas células nervosas.
  Estudo anterior realizado pelos mesmos cientistas havia mostrado que o EpoD pode para evitar o declínio cognitivo em roedores jovens, criados para apresentar sintomas como os do Alzheimer.
  "A EpoD entra rapidamente no cérebro, onde parece persistir por muito mais tempo do que no sangue. Isso pode explicar porque pequenas doses se mostraram eficazes e seguras no modelo do mal de Alzheimer em ratos", explicou o autor que chefiou as pesquisas, Kurt Brunden.

Humanos
  Os ratos foram tratados por apenas três meses. Provavelmente, os humanos teriam que ser tratados por muito mais tempo porque o Alzheimer é uma doença degenerativa crônica. Portanto, mais pesquisas precisam ser feitas para verificar se um tratamento mais longo seria nocivo.
  No mês passado, cientistas também reportaram que outro medicamento contra o câncer, o bexaroteno, conseguiu reverter o Alzheimer em ratos. Roedores tratados com essa droga ficaram rapidamente mais espertos. A placa em seus cérebros que provocava o Alzheimer começou a sumir em questão de horas, destacou a pesquisa, publicada na revista científica americana "Science".
  Mas especialistas alertam que os modelos em ratos nem sempre são traduzidos com sucesso nos testes com pessoas.

Fonte: France Presse 

segunda-feira, março 12, 2012

Circuncisão em adultos é aposta contra a Aids na África do Sul

Procedimento cirúrgico diminui risco de contaminação em cerca de 60%.
Mais de 1.500 já passaram pelo bisturi em hospital visitado pelo G1.

  O jovem Phakamani Ndlovu, de 23 anos, há poucos meses foi submetido a uma cirurgia de circuncisão e não tem vergonha de falar a respeito. Ele foi operado no Hospital McCord, em Durban, na região da África do Sul com maior incidência de HIV. O país, por sua vez, tem o maior número de soropositivos no mundo. São 5,6 milhões de pessoas de um total de cerca de 50 milhões de habitantes.

Phakamani Ndlovu recém-saído da cirurgia junto com a equipe de circuncisão. (Foto: Divulgação)

  Phakamani decidiu fazer a operação porque, com ela, seu risco de ser contaminado por Aids é muito menor – o McCord estima que seja reduzido em 60%. O contato com hospital, além da operação, lhe rendeu um emprego como assistente administrativo na instituição.
  A circuncisão é a remoção da pele que recobre a extremidade do pênis. Estudos apontam que, quando presente, essa pele facilita a proliferação de vírus e bactérias.
  “Acho que em geral os homens não têm dificuldade em fazer a circuncisão. O problema maior é que muitos não querem nem fazer o teste para saber se estão contaminados”, explica o jovem, ao atender a reportagem doG1.
  Ele conta que a cirurgia foi tranquila, mas que o exame para identificar se o paciente tem HIV é obrigatório antes da intervenção.
  A operação é feita com anestesia local e os pacientes podem ir embora no mesmo dia. Ainda ganham o direito a um check-up posterior, para garantir que esteja tudo certo. O McCord já operou mais de 1.500 homens entre 15 e 49 anos, faixa atendida pela sua unidade especializada. A iniciativa recebe verda do governo dos EUA.
  Durban fica em Kwazulu-Natal, terra dos zulus, a maior etnia da África do Sul. Sua cultura, por algumas circunstâncias, é também uma facilitadora da transmissão da doença. Nas áreas rurais, a estrutura social ainda é patriarcal. Os homens podem se relacionar com muitas parceiras.
Jovens que passaram por circuncisão, com Phakamani Ndlovu ao meio, posam para foto para divulgar o programa. (Foto: Divulgação)

  Ao mesmo tempo, os casos de violência contra as mulheres são frequentes. Fazendo sexo consensualmente ou não, muitas delas acabam infectadas.
  Pesquisa apresentada este ano numa conferência em Roma mostrou que entre 20 mil jovens que fizeram circuncisão numa cidade próxima a Johanesburgo, também na África do Sul, o índice de infecção com HIV caiu 76%. Outros países gravemente afetados pela doença, como Botsuana, Tanzânia e Quênia, também têm realizado programas de circuncisão.

Fonte: G1, em Durban

Circuncisão pode proteger contra câncer de próstata, diz pesquisa

Homens circuncidados tiveram 15% menos chance de desenvolver doença.
Prática diminuiria infecções, que criam ambiente para células cancerígenas.

  A circuncisão antes da primeira relação sexual masculina pode ajudar a proteger contra o câncer de próstata, segundo estudo publicado na revista científica da Sociedade Americana de Câncer.
  A relação foi encontrada através da observação de 3.400 homens, dos quais cerca de metade tinha a doença.
  De acordo com a pesquisa, os homens circuncidados antes da primeira relação sexual tiveram 15% menos chance de desenvolver câncer de próstata do que os não circuncidados. Para o autor do estudo, Jonathan Wright, do Centro Hutchinson, ainda serão necessárias pesquisas que comprovem a relação.
  A circuncisão dificultaria o desenvolvimento de processos infecciosos e inflamatórios, que poderiam levar ao câncer. Um dos vetores dessas infecções são doenças sexualmente transmissíveis que, de acordo com pesquisas científicas anteriores, podem ser prevenidas com a circuncisão.
  Inflamações crônicas provocadas por DSTs criariam ambiente propício para o desenvolvimento de células cancerígenas. Assim, ao eliminar o espaço sob o prepúcio que pode contribuir para a proliferação de patógenos, a circuncisão preveniria estas infecções e consequentemente o câncer de próstata.

Fonte: G1, em São Paulo

Remoção de próstata é eficaz contra câncer 'incurável', diz estudo

Cirurgia funciona nos casos em que a radioterapia não resolve.
Pesquisa internacional foi liderada por brasileiro.

  A cirurgia de remoção da próstata é mais eficaz do que se pensava nos casos em que o câncer reaparece no órgão. A chamada “cirurgia de resgate” se oferece cada vez mais como uma cura para os pacientes em que a radioterapia não acabou com a doença, segundo estudo liderado pelo urologista brasileiro Daher Chade, do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center de Nova York, que contou com a participação de acadêmicos de todo o mundo, inclusive da Universidade de São Paulo (USP).
  A pesquisa apresentada no último congresso da Associação Europeia de Urologia, na França, foi uma compilação de vários estudos anteriores -- o que é conhecido pelos cientistas como metanálise.

O que é?
Tradicionalmente, há duas formas de tratar o câncer de próstata, quando ele é diagnosticado no início, ainda localizado: a radioterapia e a cirurgia.
  A cirurgia é a remoção total da próstata, das vesículas seminais e dos gânglios. Essa cirurgia pode ser feita com acesso aberto, com a ajuda de uma câmera – laparoscopia – ou com um braço robótico. Os dois últimos métodos têm uma recuperação mais fácil, pois são menos invasivos, mas as três técnicas não têm diferença do ponto de vista do efeito sobre o câncer.
  Se o tumor ainda não tiver atingido outros órgãos, a cirurgia elimina o câncer. Porém, metade dos pacientes que passam pela cirurgia sofre com a impotência sexual, e 15% deles têm incontinência urinária.
  Por isso, muitos pacientes optam pela radioterapia. O tratamento com raios X não implica a retirada da próstata, por isso não dá tantos efeitos colaterais. Porém, nem sempre o tumor é completamente removido.
  O foco da pesquisa liderada por Chade foi esse tipo de câncer reincidente. “Quando isso acontece, os médicos vinham considerando incurável”, afirmou o urologista.
  A quimioterapia, segundo ele, é “paliativa”, pois não resolve o problema, apenas controla a doença por mais tempo. Além disso, o paciente precisa fazer tratamento hormonal, cujos efeitos colaterais sobre a potência sexual são até mais fortes que os da cirurgia.
  O que esse estudo comprovou foi que a cirurgia de remoção funciona como uma cura também nesses casos em que o câncer ressurge – desde que localizado –, e não só no primeiro surgimento do tumor. “A técnica não é nova, o que é novidade é a aplicação da cirurgia nesses casos”, disse o médico.
  Segundo Chade, praticamente 100% os pacientes que tentavam a cirurgia nesses casos sofriam de impotência e de incontinência. “Hoje, descobrimos 50% de impotência e 15% de incontinência. São dados parecidos com os da primeira cirurgia”, apontou.
  “A grande novidade, que ninguém tinha juntado os dados ainda, é a respeito das complicações”, concluiu o pesquisador.
  Na visão dele, o estudo traz mais uma opção de tratamento para um caso que era visto com pouca esperança no meio. “Agora depende de, no dia-a-dia, os médicos aplicarem o que foi descoberto”, ele disse.

Fonte: G1, em São Paulo

sábado, março 10, 2012

Após alerta de risco de câncer, Coca pode mudar fórmula de corante

Pesquisa americana afirma que substância seria cancerígena.
Fabricante diz que químico é seguro, mas pode reduzir sua quantidade. 

  A fabricante de refrigerantes Coca-Cola informou que pode reduzir a quantidade de um químico encontrado no corante caramelo após ele ter sido considerado cancerígeno pela lei do estado americano da California e por um estudo feito por um grupo de defesa do consumidor nos Estados Unidos.
  Segundo as agências de notícias Reuters e AFP, tanto Coca-Cola quanto Pepsi vão fazer a redução na Califórnia. Ao G1, a assessoria de imprensa da Coca-Cola no Brasil informou que a medida “pode” ser tomada no estado americano, mas afirmou que não se trata de uma alteração na fórmula.
  "O corante caramelo utilizado em nossos produtos é absolutamente seguro. Coca-Cola não alterará sua fórmula mundialmente conhecida. Mudanças no processo de fabricação de qualquer um dos ingredientes, como o corante caramelo, não têm potencial para modificar a cor ou o sabor da Coca-Cola. Ao longo dos anos já implementamos outras mudanças no processo de fabricação de ingredientes sem, entretanto, ter alterado nossa fórmula secreta. Continuamos a nos orientar por evidências científicas sólidas para garantir que nossos produtos sejam seguros. O elevado padrão de qualidade e segurança dos nossos produtos permanece sendo nossa mais alta prioridade", disse a Coca-cola, em nota.
  A AmBev, responsável pela Pepsi no Brasil, ainda não se pronunciou a respeito.
  A controvérsia envolvendo o corante caramelo é antiga e atingiu seu pico nas últimas semanas. Em janeiro, o químico 4-metil imidazol (4-MI) entrou na lista de substâncias consideradas de risco na Califórnia.
  Nesta semana, um estudo conduzido por um grupo de defesa ao consumidor ( o Centro de Ciência de Interesse Público -- CSPI, na sigla em inglês) afirmou que o 4-MI causaria câncer em animais.
  Na pesquisa recente do CSPI, latinhas vendidas em Washington tinham entre 103 e 153 microgramas da substância. A legislação da Califórnia prevê que o limite considerado seguro para o consumo em uma latinha é de 29 microgramas (milionésimos de grama) de 4-MI.
  Pelas normas brasileiras, estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o uso da substância na produção de corantes é permitido, “desde que o teor de 4-metil imidazol não exceda no mesmo a 200mg/kg (duzentos miligramas por quilo)”.
  Segundo o toxicologista Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (Ceatox), a substância se mostrou tóxica para ratos e camundongos na concentração de 360 mg/kg, que é pouco menos que o dobro do limite legal no Brasil.
 A vigilância sanitária dos Estados Unidos (a FDA – Administração de Comida e Drogas, na sigla em inglês), afirmou não acreditar que os refrigerantes causassem um risco real de câncer, mas que iria investigar a acusação do grupo. “Um consumidor teria que consumir bem mais de mil latas de refrigerante por dia para alcançar as doses administradas [dadas aos animais] nos estudos que mostraram relação com o câncer em roedores”, afirmou Doug Karas, porta-voz do FDA.
  Na quinta-feira, ao G1, A Coca-Cola informou em nota que os ingredientes e as quantidades utilizados nos seus produtos “seguem rigorosamente os limites estabelecidos pela Anvisa e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”.
  Já a AmBev informou que a PepsiCo faz parte da Associação Americana de Bebidas, que se posicionou oficialmente:
  “Isso não é nada mais que uma tática de pavor do CSPI e suas afirmações são ultrajantes. A ciência simplesmente não mostra que o 4-MI em alimentos ou bebidas seja uma ameaça à saúde humana. Na verdade, dados de agências reguladoras em todo o mundo, incluindo o FDA, a Autoridade Europeia de Saúde Alimentar e a Saúde Canadá consideram o corante caramelo seguro para uso em alimentos e bebidas. O CSPI alega fraudulentamente que está operando em interesse da saúde pública, quando está claro que sua única motivação é assustar o povo americano”, acusou a associação.

Fonte: G1, em São Paulo

terça-feira, março 06, 2012

Gel contra HIV para uso anal se mostra seguro após primeiros testes

Tenofovir é um antirretroviral já usado em comprimidos e gel vaginal.
Sem proteção, sexo anal tem risco até 20 vezes maior de transmissão.

  Um gel contra o HIV feito para ser usado no reto foi considerado seguro e aceitável após uma primeira fase de testes. O produto ainda precisa passar por outras duas fases de testes mais abrangentes antes de ser lançado no mercado.
  O tenofovir é um antirretroviral, que já é usado contra a Aids na forma de comprimidos ou de gel vaginal. O microbicida, como é chamado o gel usado com essa finalidade, é uma das abordagens da medicina para reduzir a transmissão do HIV pelo sexo.
  O produto que está sendo testado é uma versão do gel vaginal com menos glicerina, o que o deixa mais adaptado para o reto. Sem proteção, o risco de transmissão do HIV pelo sexo anal é até 20 vezes maior que pelo sexo vaginal.
  O estudo foi feito com 65 homens e mulheres em três pontos diferentes dos EUA. Alguns usaram o gel e outros usaram outros produtos, como base de comparação. Apenas 18% dos participantes apresentaram efeitos colaterais significativos, e 87% dos que usaram o produto disseram voltariam a utilizá-lo no futuro.
  “Os resultados mostram que a versão adaptada ao reto do tenofovir foi muito mais bem tolerada do que a fórmula vaginal, quando usada no reto”, concluiu Ian McGowan, da Universidade de Pittsburgh, um dos responsáveis pelo estudo clínico.

Fonte: G1, em São Paulo

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Cientistas isolam célula-tronco produtora de óvulos

Médicos pensavam que mulheres nasciam com número limitado de óvulos.
Descoberta pode levar a tratamentos de fertilidade.

  Uma pesquisa publicada neste domingo (26) pela revista científica “Nature Medicine” descobriu no ovário de mulheres em idade reprodutiva células-tronco capazes de produzir novos óvulos.
  A descoberta quebra um paradigma da medicina. Desde a década de 1950, é consenso entre os especialistas que as fêmeas de todos os mamíferos nascem com um número limitado de óvulos. Quando esse estoque termina, chega a menopausa.
  “O objetivo primário do estudo era provar que células-tronco produtoras de oócitos [óvulos] existem de faro no ovário de mulheres durante a vida reprodutiva, o que nós acreditamos que esse estudo demonstra muito claramente”, afirmou Jonathan Tilly, autor do estudo, em material de divulgação do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA.
  O que, para os pesquisadores, é uma “demonstração muito clara” já vinha sendo buscada havia alguns anos. Em 2004, um estudo demonstrou pela primeira vez que as fêmeas poderiam continuar produzindo células reprodutivas ao longo da vida sexual.
  Agora, os cientistas pretendem transformar a descoberta em tratamentos contra a infertilidade feminina. Eles também acreditam que seja possível prolongar o período fértil da vida de uma mulher.
Condições Atuais em PVH IUV com Nuvem
25ºCTEMPERATURA
94%UMIDADE RELATIVA
26ºCSENSAÇÃO TÉRMICA
NO5km/h
DIR. E INTENSIDADE
DO VENTO
1012hPaPRESSÃO ATMOSFÉRICA *
Encoberto - Céu totalmente encoberto, sem aberturas de sol.


27/02/2012
09h30
Fonte: Redemet Dados de AeroportosAtualizado: 27/02/2012 09h00ND-Não disponível *Pressão Reduzida ao Nível Médio do Mar







Fonte: G1, em São Paulo
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sábado, fevereiro 25, 2012

Comer frutas cítricas pode diminuir risco de derrames em mulheres

Substância muito comum em laranjas pode ser útil no combate a coágulos.
Estudo no Reino Unido analisou a alimentação de 69.622 pessoas.

                
                                                                       
Frutas cítricas como a laranja podem colaborar na redução de derrames por coágulos nos vasos sanguíneos do cérebro. (Foto: reprodução)

  Compostos presentes em frutas cítricas podem reduzir o risco de derrames em mulheres, aponta um estudo divulgado em revista da Associação Americana do Coração nesta semana. Conhecidos como flavonoides, são comuns também em vegetais, no vinho tinto e no chocolate amargo.
  Os pesquisadores usaram dados colhidos de 69.622 mulheres nos últimos 14 anos noReino Unido, que relataram o que comiam a cada 4 anos. A equipe de pesquisa analisou seis tipos de flavonoides usados regularmente na dieta de norte-americanos e a relação deles com o risco de isquemias e hemorragias cerebrais.
  Quando mulheres consumiam grandes quantidades de frutas cítricas, um tipo de flavonoide presente nos alimentos reduzia em até 19% o risco de derrames provocados por coágulos de sangue -- que entopem os vasos sanguíneos do cérebro.
  Este tipo de flavonoide era obtido principalmente de laranja e do suco da fruta (82%). Os cientistas afirmam que a melhor forma de consumir os flavonoides benéficos é por meio das frutas, já que os sucos comerciais possuem muito açúcar.
  Estudos anteriores já mostravam a relação entre as frutas cítricas na diminuição do risco de derrames isquêmicos e hemorragia intracraniana.
  Na Suécia, uma pesquisa anterior tinha descoberto que o consumo de antioxidantes de frutas e vegetais também levava à redução do risco de derrames em mulheres. Trabalhos também já mostraram os benefícios de frutas como maçãs e pêras para a diminuição nos casos de acidente vascular cerebral.
Condições Atuais em PVH IUV com Nuvem
24ºCTEMPERATURA
94%UMIDADE RELATIVA
24ºCSENSAÇÃO TÉRMICA
ND0km/h
DIR. E INTENSIDADE
DO VENTO
1010hPaPRESSÃO ATMOSFÉRICA *
Nublado - Muitas nuvens com curtos períodos de sol.


25/02/2012
07h00
Fonte: Redemet Dados de AeroportosAtualizado: 25/02/2012 08h00ND-Não disponível *Pressão Reduzida ao Nível Médio do Mar







Fonte: G1, em São Paulo
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