sábado, outubro 01, 2011

Morcego vermelho


Myotis ruber (Geoffroy, 1806) 

NOME POPULAR: Morcego vermelho
SINONÍMIAS: 1806. Vespertilio ruber E. Geoffroy-Saint-Hilaire;  
Vespertilio cinnamomeus Wagner, Schreber’s Säugthiere
FILO: Chordata
CLASSE: Mammalia
ORDEM: Chiroptera
FAMÍLIA: Vespertilionidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: ES (VU); RJ (VU); SP (VU); RS (VU); 
PR (DD)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2c

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Myotis ruber é uma das maiores espécies do gênero Myotis no Brasil. Possui envergadura aproximada de 25 cm e peso médio de 6 g (Vizotto & Taddei, 1973; Redford & Eisenberg, 1992; Eisenberg & Redford, 1999). Apresenta coloração em tom pardo castanho-avermelhado, orelhas mais curtas que o comprimento da cabeça, trago com ponta aguda (Greenhall et al., 1983). A superfície dorsal do uropatágio tem pelagem densa no terço basal (Cabrera & Yepes, 1960). Alimenta-se exclusivamente de insetos e mostra ser muito exigente quanto às qualidades de seu hábitat. Chegou a representar 3,9% das coletas com redes nos 7.883 ha da Reserva Particular do Patrimônio Nacional Fazenda Monte Alegre, localizada em Telêmaco Borba, no Paraná (trabalho em andamento), e apenas 0,14% no ambiente antrópico  do Parque Arthur Thomas (82,72 ha), localizado dentro da cidade de Londrina, também no Paraná  (Félix et al., 2001).

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  A distribuição geográfica de  M. ruber estendia-se do Sudeste do Brasil ao Paraguai e nordeste da  Argentina (LaVal, 1973; Redford & Eisenberg, 1992; Koopman, 1993; Nowak, 1994; Eisenberg & Redford, 1999). Atualmente, M. ruber estende-se do Nordeste do Brasil ao Paraguai e nordeste da  Argentina. No Brasil, a espécie é encontrada de Pernambuco (Sousa et al., 2004) ao Rio Grande do Sul, incluindo o Mato Grosso do Sul (Mikich & Bérnils, 2004). 

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PM Professor João Vasconcelos Sobrinho (PE); Estação Biológica de Santa Lúcia (ES); PARNA da Tijuca, PARNA de Itatiaia, REBIO do Tinguá e PARNA da Serra dos Órgãos (RJ); PE Intervales e PE Serra da Cantareira (SP); PE de Caxambu, PE Mata dos Godoy, PARNA do Iguaçu (PR).

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  Uma das principais ameaças é a destruição das matas ou descaracterização do hábitat. Exemplo disso são os fragmentos florestais pequenos que estejam sofrendo efeito de borda (Reis et al., 2003), o que diminui a qualidade do ambiente em relação aos efeitos externos, como poluição (incluindo a sonora) e aumento da intensidade dos ventos e das chuvas (Aguiar et al., 1998). 


  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  Como M. ruber é um animal dependente de ambientes preservados, é preciso cuidar dos remanescentes florestais ainda existentes; dar maior incentivo às pesquisas que envolvam ecologia; recuperar e proteger os seus habitats; garantir Unidades de Conservação com tamanho suficiente para manter populações viáveis (Félix et al., 2001; Reis et al., 2003). Deve-se ainda promover cursos de educação ambiental para estudantes dos ensinos médio e fundamental e para o Corpo de Bombeiros, indicando a importância ecológica dos morcegos e desmistificando-os. 

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

  Caroline Cotrim Aires (MZUSP); Renata Bornholdt (UFRGS) trabalha especificamente com o gênero Myotis.

Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

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