sexta-feira, julho 22, 2011

Heterodactylus lundii Reinhardt & Lütken, 1862

NOME POPULAR: Briba; Cobrinha; Calango-que-vira-cobra; Cobra-de-vidro
FILO: Chordata
CLASSE: Lepidosauromorpha
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Gymnophthalmidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: MG (VU)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – B1ab(i) + 2ab(ii)


  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Heterodactylus lundii é um lagarto pequeno, castanho, sem ouvido externo aparente, com membros
muito reduzidos e corpo alongado, que não ultrapassa os 70 mm de comprimento rostro-anal. A cauda é
cerca de duas vezes mais longa que o corpo, daí o seu nome popular. Tem hábitos subterrâneos, vivendo
entre troncos, raízes, cupinzeiros, sob pedras ou sob o folhedo de paisagens abertas das regiões montanhosas de Minas Gerais. Como nas demais espécies da família, a ninhada é composta por apenas dois
ovos. Os poucos indivíduos conhecidos foram coletados entre 900 e 1.300 m de altitude, em campos
rupestres ou topos de chapadas recobertos por cerrados abertos. No topo da serra da Piedade, a espé-
cie é relativamente abundante, mas é pouco conhecida no restante de sua área de ocorrência. Quando
amostrada com métodos adequados para inventariar formas fossoriais, é possível que se releve mais
abundante do que se admite atualmente.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  A espécie é endêmica das regiões de altitude do Estado de Minas Gerais. Atualmente, é conhecida de
campos rupestres isolados entre 900 e 1.300 m de altitude.

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 

  PARNA da Serra do Cipó e PARNA da Serra da Canastra (MG).

  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

  As maiores ameaças atuais à sua conservação são o fogo e a destruição e fragmentação de habitats.
Por se tratar de espécie endêmica dos campos de altitude e com distribuição restrita, poluentes que
possam afetar a qualidade ambiental devem ser cuidadosamente monitorados na sua área de ocorrência, sejam eles de atividades industriais ou do uso indiscriminado de preventivos contra pragas
agrícolas.

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  Como a espécie é muito pouco conhecida atualmente, devem ser incentivados levantamentos utilizando
armadilhas de interceptação e queda, indicadas para a captura de animais fossórios e de difícil coleta,
como este pequeno lagarto. É possível que, após levantamento apropriado, a espécie venha a ser considerada mais comum do que atualmente. Seriam importantes, ainda, pesquisas científicas visando o
melhor conhecimento de sua biologia.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

Miguel T. U. Rodrigues (IBUSP); Cristiano Nogueira (CI).
Fonte: LIVRO VERMELHO DA FAUNA BRASILEIRA AMEAÇADA DE EXTINÇÃO

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