Anisolepis undulatus (Wiegmann, 1834)
NOME POPULAR: Papa-vento-do-sul (Rio Grande do Sul)
SINONÍMIAS: Laemanctus undulatus Wiegmann, 1834; Anisolepis
Iheringii Boulenger, 1885; Anisolepis bruchi Koslowsky, 1895
FILO: Chordata
CLASSE: Reptilia
ORDEM: Squamata
FAMÍLIA: Iguanidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 03/03): Ameaçada
Estados Brasileiros: RS (EN)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): VU
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – B1ab(i) + 2ac(ii)
- INFORMAÇÕES GERAIS
Anisolepis undulatus é uma espécie de pequeno porte, que atinge cerca de 30 cm de comprimento total;
a cauda é longa, correspondendo a cerca de 70% desse comprimento (Etheridge & Williams, 1991). Pouco se conhece sobre a biologia da espécie. Gallardo (1980) afirmou que A. undulatus possui hábito arborícola, vivendo na mata, em troncos de árvores, mas Etheridge & Williams (1991) ponderaram que essas observações podem ter sido baseadas em outra espécie, A. grilli. Rand (1982) e Langone et al. (2000) observaram que a espécie é ovípara e citaram o achado de fêmeas contendo de quatro a sete ovos, com volume de 0,5 ml cada. Segundo Achaval & Olmos (2003), A. undulatus alimenta-se de artrópodos e vive sobre árvores e arbustos, a 2 m de altura ou mais, podendo também se deslocar pelo solo. Os indivíduos são de difícil visualização, por sua coloração críptica.
- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA
Anisolepis undulatus foi registrado para o extremo sul do Brasil (sudeste do Estado do Rio Grande do Sul), centro e sul do Uruguai e Punta Lara, em Buenos Aires, na Argentina (Etheridge & Williams, 1991; Langone et al., 2000; Achaval-Elena, 2001; Di-Bernardo et al., 2003). Registros atuais da espécieexistem apenas para o Uruguai (Langone et al., 2000). No Brasil, há registros precisos, porém antigos, apenas para São Lourenço do Sul (RS), localidade-tipo da espécie (Etheridge & Williams, 1991). Na Argentina, é considerada uma espécie rara; recentemente, não tem sido encontrada em algumas localidades onde havia sido registrada no passado (Gallardo, 1977; Etheridge & Williams, 1991).
- PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO
Desconhecida.
- PRINCIPAIS AMEAÇAS
No Rio Grande do Sul, a principal ameaça para A. undulatus é a destruição e descaracterização dos ambientes florestados das regiões sudeste e sul do Estado, hábitat da espécie, particularmente a sudoeste da Lagoa dos Patos. Esta é a região onde a ocorrência da espécie é mais provável, já que dela procedem todos os exemplares do Rio Grande do Sul com localidade conhecida (Etheridge & Williams, 1991). No Uruguai, Achaval & Olmos (2003) classificam a espécie como ameaçada, em função da destruição de seu hábitat.
- ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO
A estratégia prioritária é a criação de Unidades de Conservação, com remanescentes de floresta estacional e matas de galeria, nas regiões sudeste e sul do Rio Grande do Sul (Di-Bernardo et al., 2003).
- ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO
Não se conhece
Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção.
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