terça-feira, agosto 02, 2011

Orelha-de-elefante

Phyllogorgia dilatata (Esper, 1806)

NOME POPULAR: Orelha-de-elefante; Gorgônia
SINONÍMIAS: Gorgonia dilatata Esper, 1806; Phyllogorgia dilatata + Phyllogorgia quercifolia (var. quercifolia + var. lacerata) Verrill, 1912; Phyllogorgia frondosa Verrill, 1912; Phyllogorgia dilatata Bayer, 1961; Phyllogorgia dilatata Castro, 1990
FILO: Cnidaria
CLASSE: Anthozoa

ORDEM/CLADO: Alcyonacea
FAMÍLIA: Gorgoniidae
STATUS DE AMEAÇA
Brasil (MMA, IN 05/04): Ameaçada
Estados Brasileiros: RJ (VU)
CATEGORIAS RECOMENDADAS
Mundial (IUCN, 2007): não consta
Brasil (Biodiversitas, 2002): VU – A2d; C1; D2

  • INFORMAÇÕES GERAIS 

  Phillogorgia dilatata é encontrada no infralitoral, freqüente em ambientes e recifes coralíneos de águas rasas – registro mais profundo: 28 m ao largo de Rocas (Tixier Durivault, 1970). A colônia pode atingir mais de 50 cm de altura. Esta espécie é particular por sua estrutura colonial – eixos que se anastomosam, formando um retículo, e cenênquima preenchendo os espaços entre eixos, de modo a formar uma folha mais ou menos contínua, onde estão os pólipos. Há colônias aberrantes onde não ocorre anastomose ou formação de folha. Entretanto, essas colônias anormais podem ser distinguidas de outras espécies com esclerito tipo escafóide pela distribuição de pólipos ao redor de todo o ramo e pelo cenênquima mais grosso. A continuidade da folha pode estar relacionada a características ambientais, como intensidade, direção e uniformidade das correntes. Colônias de um mesmo local parecem ter graus semelhantes de continuidade de lâmina. Porém, algumas vezes, colônias muito laceradas são observadas ao lado de colônias com lâminas mais contínuas. Esta espécie já foi objeto de estudos farmacológicos. Muitas vezes, seu eixo (com cenênquima removido) é usado para ornamentação em aquários ou outros arranjos decorativos.

  • DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 

  Espécie endêmica do litoral e ilhas oceânicas brasileiras: MA (inclui parcel do Manuel Luiz), CE, RN (inclui atol das Rocas), PE (inclui Fernando de Noronha), BA (inclui o banco dos Abrolhos), ES (inclui a ilha da Trindade), RJ (limite sul de distribuição conhecido em Arraial do Cabo).  

  • PRESENÇA EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO 
  APA Fernando de Noronha e PARNA Marinho Fernando de Noronha (PE); REBIO Atol das Rocas (RN); PARNA Marinho Abrolhos e RESEX Corumbau (BA); RESEX Arraial do Cabo (RJ); PE Manuel Luiz (MA).
  • PRINCIPAIS AMEAÇAS

Os principais tipos de ameaças são localizados, em especial a coleta predatória para a comercialização e os efeitos de poluentes (derrames de óleo, esgotos de origem doméstica e industrial). Há registros e evidências (aquários, lojas de souvenirs, vitrines) de colônias coletadas comercialmente, pelo menos desde a década de 1970. 

  • ESTRATÉGIAS DE CONSERVAÇÃO

  Realizar estudos sobre a biologia reprodutiva e ecologia da espécie e a variabilidade genética das populações. Manutenção, proteção e recuperação das Unidades de Conservação. Fiscalizar sempre que necessário e buscar atuação do governo e órgãos competentes no que tange à aplicação de leis de crimes ambientais. Implantação de programas de mobilização social, visando a conscientização geral quanto à importância de conservar, proteger e recuperar os recifes de coral e ambientes coralíneos.

  • ESPECIALISTAS/NÚCLEOS DE PESQUISA E CONSERVAÇÃO 

Beatrice Padovani Ferreira e Mauro Maida (UFPE); CEPENE/IBAMA; Carlos Daniel Perez (UFPE); Clovis Barreira e Castro e Débora de Oliveira Pires (MNRJ); Joel Christopher Creed e Simone OigmanPszczol (IBRAG/UFRJ).


Fonte: Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção

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